Debatedores pedem prioridade para o etanol na política energética do governo

 

 

O secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, disse há pouco que é preciso definir políticas estratégicas e perenes para resolver a crise do setor sucroalcooleiro e para fixar o etanol na matriz energética do País. Segundo ele, o setor tem função estrutural na economia do País. Ele participa de comissão geral sobre o assunto que ocorre neste momento no Plenário da Câmara.

Para o secretário, com as políticas apropriadas para o etanol, o Brasil pode ocupar função estratégica no compromisso mundial com a energia renovável. “Há cinco anos, 56% da matriz energética era de energia renovável. Esse número diminuiu para 36%”, observou.

O presidente da Federação dos Plantadores de Cana (Feplana), Paulo Sérgio de Marco Leal, também pediu um programa robusto de recuperação de ativos não só para o setor industrial da cana, como para o setor agrícola. “São mais de 300 mil desempregados do campo”, destacou. “É preciso reestabelecer a situação financeira da indústria, que começou a nova safra devendo uma safra e meia”, completou.

Leal ressaltou que as políticas do governo nos últimos anos mantiveram artificialmente o preço da gasolina mais baixo do que o do etanol, prejudicando justamente o setor de energia renovável e limpa.

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério de Melo Nogueira, afirmou que a crise causou colapso social em vários municípios. Para ele, não existe apenas uma medida para resolver a crise. “Mas a medida mais eficaz é a retomada da Cide na gasolina”, afirmou, explicando que a medida pode elevar a competitividade do etanol.

Os cidadãos também podem participar enviando perguntas e comentários sobre o debate pelo Disque-Câmara (0800 619 619) ou por meio de sala de bate-papo do portal e-Democracia.