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Custos de produção do setor sucroalcooleiro para a safra 2011/12

O Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USPESALQ), em parceria com a CNA, inicia neste mês de novembro o 6º levantamento de acompanhamento dos custos de produção do setor sucroalcooleiro para a safra 2011/12. A em todas as regiões analisadas. O levantamento abrangerá a área tradicional de cana (estados de SP, PR, RJ), de expansão da cana (GO, MG, MS e oeste de SP) e Nordeste do país.

Na área Tradicional, a expectativa é de aumento em torno de 10% a 15% nos custos produção em relação a 2010/11, em função de uma queda esperada na produtividade agrícola da safra. Os gastos para produção de açúcar e etanol também devem aumentar, seguindo a tendência observada nos últimos anos. “No entanto as margens econômicas das usinas e fornecedores serão menos prejudicadas, já que os preços de venda dos produtos finais reagiram por mais esta safra”, diz Carlos Xavier, gestor de projetos do Pecege e um dos coordenadores do levantamento.

Os custos de produção do açúcar VHP e etanol hidratado calculados nas três regiões analisadas na pesquisa Pecege/CNA são apresentados na Tabela 1 e Tabela 2, respectivamente. Os custos têm seguido tendência de crescimento desde a safra 2007/2008, destacando motivo de preocupação e a necessidade de tomada de medidas para ganhos de competitividade. Por outro lado, em função dos melhores preços (Tabela 3 e 4), as margens de comercialização de açúcar e etanol, pela primeira vez, foram positivas em todas as regiões analisadas na pesquisa.

A safra 2010/11 foi a primeira da série de pesquisas do Pecege/CNA em que se observou custos de produção (agrícola e industrial) mais competitivos Região de Expansão do Centro-Sul. Estes resultados destacam a evolução da curva de aprendizado do processo de implantação de usinas nas novas regiões de produção. As novas unidades apresentam maior capacidade de produção, menores custos na manutenção de equipamentos, o maior fator de custo operacional industrial, além de melhores níveis de eficiência de aproveitamento e eficiência industrial. Consorciado com os custos agrícolas mais competitivos, os custos de produção de açúcar e etanol foram 4,5% e 3,0% mais baixos que os da Região Tradicional, respectivamente.

Nas novas fronteiras de produção, região de Expansão, também tem se observado o melhor aproveitamento da utilização de biomasssa para a produção de eletricidade: 2/3 das usinas na região comercializaram eletricidade, enquanto que na região Tradicional metade das usinas a comercializaram. Além disso, as usinas da região de Expansão produziram, em média, 54 KWh por tonelada de cana processada, enquanto na região Tradicional produzem 34 KWh/t.

Grandes desafios destacado nas novas regiões de produção tem sido a busca por redução de custos e o treinamento de mão-de-obra tecnicamente qualificada para atender assim como o desenvolvimento de infra-estrutura e organização de mercado e logística para mitigação das dificuldades de comercialização, atualmente refletidas nos preços regionais mais baixos para tanto cana-de-açúcar, açúcar e etanol.

Para avaliar a continuidade dessa tendência e detalhar os impactos de cada um dos fatores de produção, assim como sua distribuição regional no país, junto com seu 6º levantamento de custos de produção, o Pecege-ESALQ/USP iniciará a divulgação do índice mensal de inflação do setor sucroenergético, projeto financiado pela FAPESP. Para mais informações, acesse www.pecege.esalq.usp.br/portal.

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