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Crise no setor sucroalcooleiro gera queda no PIB em dois municípios

Sertãozinho e Matão, dois dos municípios da região de Ribeirão Preto com presença da indústria sucroalcooleira na economia, tiveram queda no PIB (Produto Interno Bruto) em 2011.

O mau resultado de ambas vai na contramão das outras oito cidades, entre as dez maiores da região de Ribeirão Preto, que tiveram um crescimento médio de 8% naquele ano (veja quadro nesta página).

Sertãozinho sofreu uma retração do PIB, a soma das riquezas produzidas durante o ano, de 9%, e, Matão, de 16%, segundo estudo do IBGE divulgado ontem.

O gerente-executivo do Ceise-BR (Centro das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Sebastião Macedo Pereira, afirmou que a falta de planejamento da matriz energética nacional e a retenção artificial do preço da gasolina prejudicaram a produção no campo, produzindo efeitos negativos nas indústrias do setor.

A indústria responde por 52% da economia de Sertãozinho, e por 65%, em Matão. Segundo Pereira, 80% da indústria de Sertãozinho é ligada ao setor sucroenergético.

“Em 2010, o apelo do etanol diminuiu com o [gás de] xisto nos Estados Unidos e o pré-sal já na fase avançada de implantação”, disse.

De acordo com Pereira, o horizonte de menor demanda pelo etanol fez com que as usinas de açúcar e álcool do país passassem a investir menos nos últimos anos.

Isso, ainda conforme ele, teve como resultados a redução da produtividade do setor e a diminuição da necessidade de encomendas de novas máquinas.

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