O Brasil enfrenta uma crise energética. Mais não é o único. Para o estrategista Chefe da XP Investimentos, Fernando Ferreira, trata-se de um fenômeno de proporções globais, que entre outras consequências, amplia a relevância das fontes renováveis de energia, como é o caso do setor sucroenergético.
“São fontes complementares aos combustíveis fósseis e também onde o mundo deve ir do ponto de vista ambiental e de segurança energética. Várias fontes vão ter que ser utilizadas pelos governos ao pensarem nas matrizes energéticas”, destacou o estrategista durante participação em um painel do Megacana Tech Show, no dia 30 de setembro.
Para Fernando Ferreira, a importância dos combustíveis renováveis, nunca foi maior do que agora. Para ele, todas as fontes de energia vão ter que ser utilizadas daqui para frente pelos governos, quando pensarem em segurança energética. Lembrando que as fontes renováveis têm um papel ainda mais relevante.
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Segundo Ferreira, tem sido observado que o desequilíbrio entre oferta e demanda tem impactado o preço de energia no mundo tudo. “O que puxa o preço para cima do petróleo, gás natural, eletricidade, ou seja, uma série de fontes de energia. Há falta de energia na Europa, por exemplo, de forma pontual e preços muito altos”, exemplificou.
Ao encontro da fala do estrategista da XP, inúmeras notícias foram veiculas nestes últimos dias, falando da crise energética também da China, inclusive já sinalizando para a elevação dos defensivos, o que impactará o agronegócio.
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O estrategista chefe da XP, falou também sobre o preço do petróleo e do gás. Segundo Ferreira, pelo menos por enquanto parece difícil uma queda nos preços, visto que o mercado global está em situação bem apertada, principalmente para o petróleo. Ele explicou que houve uma queda na produção do petróleo nos últimos dois meses, ao passo que a demanda tem voltado a subir e recuperar com a reabertura das economias globais.
“O estoque global de petróleo está a níveis pré-pandemia, níveis até abaixo de onde estavam. E as respostas de oferta que temos visto da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), enfim, de países produtores como os EUA, com o óleo de xisto, ainda não estão sendo suficientes para fazer com que este balanço de oferta e demanda volte a ficar mais frouxo e os preços voltem a cair”, afirmou, acrescentando ainda que, no curto prazo, a tendência é dos preços continuarem altos e o mercado continuar bastante apertado do ponto de vista de oferta e demanda global.