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Crise do etanol pode quebrar os Bumlai

A Justiça de Mato Grosso do Sul deve decidir nas próximas semanas se decreta a falência da Usina São Fernando, controlada pelo empresário José Carlos Bumlai, investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O pedido foi feito pelo maior credor da empresa, o BNDES, que tem a receber mais de R$ 300 milhões, um quarto da dívida total da São Fernando, estimada em R$ 1,2 bilhão.

O banco informou que o pedido foi feito em razão da “inadimplência da empresa com os compromissos assumidos na recuperação judicial”. Quando o pedido foi protocolado, em 3 de agosto, as parcelas em atraso somavam R$ 18 milhões. Depois do BNDES, o maior credor da São Fernando é o Banco do Brasil, que tem a receber R$ 81 milhões da usina.

Conhecido no agronegócio pela produção pecuária, a família Bumlai entrou no setor sucroalcooleiro em 2007 durante o “boom do etanol”, período de euforia com o biocombustível e que teve como entusiasta o ex-presidente Lula, amigo próximo do pecuarista. Naquele momento, uma dezena de empresas, muitas estrangeiras, fizeram apostas de milhões de dólares em etanol e perderam dinheiro.

A crise do setor sucroalcooleiro, que abateu a São Fernando, teria afetado o negócio de criação de gado da família, que chegou ter 150 mil cabeças no início da década passada.

Fonte: (Valor)

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