Usinas

Crise de fertilizantes abre caminho para insumos biológicos

Eles potencializam a eficiência da planta aumentando a produtividade

Crise de fertilizantes abre caminho para insumos biológicos

A alta dos fertilizantes, agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, obriga o produtor a buscar alternativas para garantir uma boa plantação.

A utilização de insumos biológicos se apresenta como uma dessas opções. Quando utilizados de forma correta, são importantes ferramentas para aumentar a eficiência da planta e alavancar a produção.

De acordo com a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Flavia Cristina dos Santos, “existe uma relação muito forte entre o aumento de produtividade e a utilização de fertilizantes, permitindo que tenhamos nossas áreas preservadas”.

Em recente palestra promovida pela Corteve Agriscience, Flavia Cristina que também é doutora em Solos e Nutrição de Plantas, discorreu sobre manejo sustentável da adubação fosfatada com foco em insumos biológicos.

LEIA MAIS > Projeto Brazil Sugarcane realiza ação internacional na Argentina

Flavia Cristina dos Santos, pesquisadora da Embrapa

“Precisamos ser mais eficientes nas áreas já plantadas”, destaca Flávia Cristina, lembrando que essa preocupação está inserida no Plano Nacional de Fertilizantes, lançado pelo Governo Federal, no último dia 11 de março. O plano conta com diversas temáticas, incluindo a maior eficiência dos insumos, entre outras ações, como a Caravana Embrapa FertBrasil.

Nestas caravanas, pesquisadores e técnicos da Embrapa visitarão cerca de 30 polos produtivos de nove macrorregiões agrícolas do Brasil, com o objetivo de promover o aumento da eficiência de uso dos fertilizantes e insumos no campo, diminuir custos de produção dos produtores rurais e estimular a adoção de novas tecnologias e de boas práticas de manejo de solo, água e plantas.

LEIA MAIS > Congresso em Sertãozinho celebra 75 anos da aviação agrícola brasileira

“Existem muitas ações básicas que ainda não são aplicadas em sua plenitude. Então, vamos rodar as principais regiões produtoras do país para levar essas mensagens”, explica Flávia.

Na utilização dos biológicos, “precisamos entender a relação entre o fósforo e a planta, através de uma forte base teórica. O seu papel no crescimento radicular e arranque inicial das plantas; como fonte de energia, essencial para a fotossíntese e também para o desenvolvimento de novas células e transferência do código genético para o crescimento da planta”, explica a pesquisadora.

Ela também chama a atenção para o efeito residual do fósforo. “A maior parte do nutriente aplicado torna-se reserva no solo. Um estudo apresentado por diversos especialistas estima que desde 1960, das 46 milhões de toneladas de fósforo aplicadas, cerca de 23 milhões, permanecem no solo”, disse, destacando a importância de práticas de manejos que favoreçam a matéria orgânica e também a umidade do solo, lembrando que em solos mais argilosos a retenção é maior que nos solos arenosos.

LEIA MAIS > Investimentos em energia de biomassa avançam em SP e atingem R$ 5,8 bilhões

insumos biológicos

Segundo Flávia é preciso trazer a prática do Manejo Integrado de Pragas (MIP) no uso dos fertilizantes agrícolas. “Hoje temos condições de saber como está a saúde biológica do solo, por isso, precisamos trabalhar com manejo integrado de nutrientes e boas práticas agrícolas: rotação e consórcio de culturas, conservação do solo, uso racional de fertilizantes, fontes alternativas, inoculantes biológicos, melhor uso de resíduos minerais e orgânicos e aproveitamento das fontes nacionais. Valendo-se sempre da fonte, época, quantidade, localização e microorganismo certo. A nova percepção dos 5C”, ressalta Flávia.

A pesquisadora apresentou um histórico do isolamento e seleção de microrganismos solubilizadores de fósforo no mundo, tendo iniciado em 1950, na extinta União Soviética com a Fosfobactericina, em 1981 a IARI microfos na Índia, em 1990 a Jumper no Canadá, até que em 2019 a Embrapa lança o primeiro inoculante desenvolvido a partir de tecnologia brasileira, um trabalho que consumiu mais de 18 anos de estudos.

Durante o evento a Corteva Agriscience apresentou os inoculantes para solubilização de fósforo Omsugo™ Eco (para a cultura da cana-de-açúcar), o Omsugo™ P (para soja e milho – o cereal atualmente aguarda aprovação dos órgãos regulatórios do Brasil) e os nematicidas microbiológicos Inlayon™ Eco (cana) e Inlayon™ (para multiculturas).

LEIA MAIS > Tereos Brasil é reconhecida com selo Great Place to Work

Evento de lançamento de produtos para a cana da Corteva Agriscience

O Omsugo™ Eco e Omsugo™ P são inoculantes para solubilização de fósforo, compostos por duas cepas distintas, exclusivamente selecionadas e desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa nos últimos 18 anos.

Eles aumentam a disponibilidade do fósforo que fica retido no solo e na matéria orgânica. Além disso, maximiza a eficiência nutricional das plantas através de um melhor aproveitamento da adubação fosfatada, contribuindo com ganhos na produtividade e longevidade da lavoura e na otimização dos investimentos passados e futuros do campo.

LEIA MAIS > Investimento em créditos verdes mobiliza o setor bioenergético

Já os nematicidas Inlayon™ Eco e Inlayon™ ajudam a maximizar o potencial produtivo das plantas e a proteger as raízes, contribuindo para uma lavoura mais saudável e produtiva. Com uma cepa exclusiva, descoberta em solo brasileiro, é originalmente eficaz no controle dos principais nematóides, proporcionando o melhor estabelecimento da planta.

WARM UP CANABIO APRESENTA ESTRATÉGIAS MANEJO SUSTENTÁVEL 

No dia 26/7 às 19h acontece o WARM UP CANABIO – Estratégias de Manejo Sustentável

Webinar JornalCana, ao vivo, com:

Alexandre de Sene Pinto, professor e doutor em entomologia
Carlos Daniel Berro Filho, diretor de desenvolvimento agronômico da Raízen
Renato Delarco, produtor de cana

🔔 Para participar GRATUITAMENTE clique no link e ative o LEMBRETE: https://bit.ly/wpcanabio1