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Cresce uso de álcool nas bombas

O consumo de álcool nos postos de Pernambuco está em ascensão. O preço mais em conta (e que este ano esteve livre de oscilações, como historicamente acontecia) e a grande oferta de veículos novos com tecnologia flex levaram o consumidor pernambucano a aderir de vez ao derivado da cana-de-açúcar. Segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado, são consumidos, em média, 70 mil litros do combustível por mês em Pernambuco. Isso fez com que, do total de combustíveis vendido atualmente, 60% seja álcool, e 40% gasolina. E as estimativas do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Pernambuco (Sindcombustíveis-PE) para os próximos anos são de que o álcool seja a escolha feita por 80% dos pernambucanos na hora de abastecer.

Levantamento do Sindcombustíveis-PE mostra que no primeiro trimestre do ano, o consumo de gasolina cresceu 3,5% em comparação com o mesmo período de 2008. O de álcool aumentou 41%. “Isso mostra como está ocorrendo uma preferência pelo álcool”, comenta o presidente da entidade, José Afonso Nóbrega. O novo cenário do mercado tem provocado reflexos negativos e positivos. Do ponto de vista ambiental e macroeconômico, esse aumento é comemorado. Porém, quando se fala em arrecadação de impostos para o segmento e margem de lucro para as revendas, a situação não é encarada da mesma forma.

O álcool é um combustível renovável. “Ele é queimado pelo automóveis, lança gás carbônico na atmosfera, mas reverte isso quando há o plantio, no ano seguinte, de cana-de-açúcar. Essa preferência é muito positiva”, explica o coordenador do Programa de Monitoramento de Qualidade de Combustíveis da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Luiz Stagevich.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a ANP também comemorou os resultados, ressaltando que o aumento no consumo de álcool em um estado produtor de etanol como Pernambuco aumenta a dinâmica da economia local.

O Sindicombustíveis-PE e a Sefaz-PE, entretanto, não comungam dessa euforia. O primeiro explica que a margem de lucro dos postos de combustíveis obtida com a gasolina é duas vezes maior. Já no âmbito da arrecadação de tributos, o gerente do segmento de combustíveis do fisco estadual, Daniel Moura, explica que com a preferência pelo álcool há uma queda de 30% no montante de valores recolhidos.

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