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Cresce polêmica sobre concorrência entre GNV e álcool

A polêmica em torno da concorrência entre álcool combustível e o Gás Natural Veicular (GNV) ganhou forma em debate realizado em seminário promovido pela União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (UNICA). O presidente da entidade, Eduardo Pereira de Carvalho, disse que o setor de álcool combustível considera natural a entrada do GNV no mercado, mas não quer que o gás natural tenha incentivos “indevidos”, que façam com que o produto ocupe um espaço maior do que segmentos pontuais do mercado.

Ele contestou os argumentos de que o GNV é um combustível limpo. Além disso, afirmou que a utilização do GNV gera menos emprego que a do álcool. “Cada automóvel a álcool gera, ao longo de sua vida útil, 28 empregos. Os veículos a gás criam apenas um emprego em seu período útil”, disse.

Para o diretor de gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, o consumidor é quem deve escolher a preferência entre o álcool e o GNV, especialmente no que diz respeito a preço. Ele sugeriu a convergência entre os dois produtos, na forma de veículos bicombustíveis. “O gás natural veio para o Brasil para ficar”, disse. Segundo ele, para que o GNV possa competir com o álcool combustível nos veículos leves, deve ser percorrida uma distância mínima de 80 km a 100 km por dia. “Veículos bicombustíveis são os que conseguem ter melhores desempenhos, sejam em termos biodinâmicos, sejam em termos de emissão”, acrescenta.

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