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Cresce a desvantagem do preço do álcool

As vendas de etanol para o mercado interno em junho somaram 1,607 bilhões de litros

A alta dos preços do etanol ao produtor já está chegando às bombas e fazendo com que o combustível renovável perca competitividade em relação à gasolina. É o que aponta a pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Dados do setor indicam que o álcool é vantajoso até seu preço atingir 70% do preço da gasolina.

Segundo análise feita pela Agência Estado com base nos dados da ANP na semana terminada em 12 de julho, o etanol era mais vantajoso que a gasolina em 14 Estados, na média. Na semana anterior, o etanol era competitivo em 16 Estados. O número de Estados onde a gasolina ganha do álcool subiu de 11 para 13 no período.

A competitividade do etanol segue firme principalmente em Mato Grosso, São Paulo e Paraná. Os Estados em que a gasolina segue com muita vantagem em relação ao etanol são Amapá, Roraima e Pará.

Na semana terminada em 12 de julho, as maiores altas no preço do etanol na bomba foram registrados nos Estados de Pernambuco (+6,2%), Paraíba (+6%) e Alagoas (+4,34%) em função, principalmente, do final da safra da região Norte/Nordeste. Rio Grande do Norte e Amazonas também registraram alta significativa de 3,67%. No total, o álcool registrou alta em 16 Estados e queda em 11 Estados.

Vendas

De acordo com a Unica, as vendas de etanol para o mercado interno em junho somaram 1,607 bilhões de litros, principalmente em função do aumento no envio de etanol para o abastecimento da região Nordeste do País.

As exportações, do início da safra até o final de junho, cresceram 43,8% em relação à safra anterior, totalizando 1,1 bilhão de litros até o final de junho – 50% de etanol anidro e 50% de hidratado. Apenas no mês de junho, as exportações atingiram 500 milhões de litros contra 390 milhões de litros em junho de 2007. Cerca de 70% do total de etanol exportado na safra 2008/09 até o final de junho seguiu para os Estados Unidos. O total exportado até o final de junho, já incluído o etanol que segue para o mercado americano via Caribe, chegou a 770 milhões de litros, um aumento de 84% sobre os 418 milhões de litros exportados no mesmo período da safra 2007/08.

O tamanho da safra 2008/09 em relação à projeção inicial, tanto em termos da quantidade de cana a ser moída quanto do volume de produtos obtidos por tonelada processada, ainda poderá ser revisto pela Unica em função dos resultados ao longo do mês de julho.

Outro fator que pode influenciar o tamanho da safra é o início da produção nas novas unidades instaladas na região Centro-Sul. Até o final de junho, apenas 06 das 32 novas unidades previstas já haviam iniciado suas atividades na safra 2008/09.

O volume de cana processada na primeira quinzena de julho na região Centro-Sul aumentou 3,74% em relação a igual quinzena da safra passada, também informou a Unica. O crescimento ficou abaixo do esperado considerando a ausência de chuvas significativas nas regiões produtoras desde o final de maio.

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