Deverá ser realizada nesta terça-feira (12/02) assembleia de credores da Abengoa Bioenergia, empresa com duas unidades produtoras de açúcar e de etanol em processo de recuperação judicial.
A assembleia é cercada de expectativas. Com dívidas estimadas em R$ 1,5 bilhão, a Abengoa Bioenergia é investigada pela Polícia Civil em pedido do China Construction Bank (CCB), um dos credores da empresa sucroenergética.
Conforme divulgado pela mídia, na última assembleia de credores, em 08/11/2018, o banco chinês acusou a Abengoa Bioenergia do crime de favorecimento de credores pelo fato de ter oferecido um acordo de confidencialidade que lhe daria acesso a informações sobre o plano de recuperação judicial anterior e à possibilidade de uma transação.
Segundo divulgado, o CCB cita o artigo da lei de recuperação judicial que prevê pena de dois a cinco anos e multa à empresa que pratica “ato de disposição ou oneração patrimonial ou gerador de obrigação, destinado a favorecer um ou mais credores em prejuízo dos demais”.
A a juíza responsável, Djalma Moreira Gomes Júnior, decidiu remeter as acusações ao Ministério Público, e, em seguida, a promotora da região, Yara Jerozolimski, solicitou investigação à Polícia Civil.
A usina chegou a recorrer para impedir o procedimento, mas, em decisão do último dia 25, o juiz Orlando Gonçalves de Castro Neto negou o pedido.