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Créditos de carbono movimentam usina paulista

A Açúcar Guarani, uma das grandes empresas que acreditou no potencial da região oeste de São Paulo, colocou o seu Projeto de Cogeração de Energia através da Biomassa para consulta pública da população por 60 dias. Além do projeto, estão disponíveis o Relatório Ambiental Preliminar (RAP) e a Avaliação Ambiental do Projeto em 10 locais diferentes nas cidades de Olímpia, Severínia, São José do Rio Preto e São Paulo, entre elas câmaras municipais, bibliotecas, secretarias do meio ambiente, entre outras.

“Temos recebido manifestações de orgãos públicos e câmaras municipais. Esperamos colher comentários positivos da população sobre nosso projeto ambiental”, diz Antônio Alberto Stuchi, diretor de Produção da Açúcar Guarani.

Segundo ele, a exposição dos projetos em locais públicos é uma das etapas a serem cumpridas para poder comercializar os créditos de carbono com o Banco Mundial. No Brasil, este é um dos poucos projetos credenciados para negociação direta com o Banco Mundial.

A empresa, que cogera energia através da queima do bagaço da cana desde 2002, pode vender créditos de carbono por não poluir o meio ambiente. “Um dos primeiros projetos foi o da Guarani que já o havia pensado na venda desde meados de 2000. Será mais uma receita complementar para o setor e além disso servirá para quebrar preconceitos porque estamos vendendo a despoluição para o mundo”.

De acordo com Stuchi, a empresa está na fase de registro na Organização das Nações Unidas e aguarda o envio da autorização do governo.

Este ano, a Guarani prevê produzir 60.000 megawatts-hora (MWh), cuja venda já está acordada com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Na queima do bagaço para gerar esta quantidade de energia, a Guarani deixará de emitir 38.400 toneladas de gás carbônico na atmosfera. É este o total a ser convertido em créditos de carbono e comercializado no mercado internacional.

Para o diretor, a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, é muito benéfica para a credibilidade do setor, que sempre foi visto como um grande poluidor. “Agora é a hora do setor mostrar que realiza uma atividade ambientalmente correta”, finaliza.

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