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CPI na Câmara que envolve usina de cana chega à reta final

Canabrava: pivô de investigações na CPI
Canabrava: pivô de investigações na CPI

Entram na reta final os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão. Em tramitação na Câmara Federal, a CPI apura prejuízos, déficits nos fundos pensão.

O rombo já beira os R$ 3 bilhões e inclui uma usina de cana-de-açúcar localizada no estado do Rio de Janeiro, a Cana Brava. Localizada em Campos dos Goyatacases, a unidade, segundo a CPI, está paralisada desde outubro de 2015 e pertence ao Fundo de Investimento em Participações Bioenergia (FIP).

O FIP tem, entre os cotistas, os fundos de pensão dos Correios (Postalis), da Petrobras (Petros), do Serpro (Serpros) e da Companhia Energética de Brasília (Faceb).

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Deputados da CPI, Efraim Filho (centro) e Sergio Souza (à direita) visitam a Usina Canabrava, em Campos dos Goytacases. (Foto: Regina Assumpção/Câmara dos Deputados)

Como está a CPI

1 – Nesta terça-feira (12/04) está prevista reunião a partir das 14h30, no plenário 2 da Câmara, em Brasília, para apresentação do parecer do relator da CPI, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR).

2 – O relator informou na segunda-feira (11/04) que proporá o indiciamento de centenas de pessoas, além de recomendações e levantamentos dos prejuízos, déficits e rombos nos fundos de pensão.

3 – Souza ressalta que em investigação de 15 casos há um rombo de R$ 3 bilhões para os fundos de pensão

4 – A CPI investiga indícios de aplicação indevida de recursos e de manipulação na gestão em fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e de servidores públicos no período entre 2003 e 2015. Os fundos de pensão investigados – Funcef (Caixa), Postalis (Correios), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil) – tiveram um prejuízo estimado em R$ 30 bilhões no ano passado.

5 – A votação do parecer do relator está prevista para quinta-feira (14). O prazo para a aprovação do relatório final termina no dia 18 de abril.

Saiba mais sobre a usina Canabrava

 

Cerca de R$ 700 milhões já foram investidos no grupo Canabrava Bioenergia desde 2008, para produção de álcool e exportação de energia. A CPI constatou, no entanto, que os fundos de pensão não obtiveram qualquer retorno pelos investimentos.

O presidente da Canabrava, Ludovico Giannattasio, e o gestor do FIP e diretor da usina, Antônio Melo, prestaram depoimento à CPI no mês de março. Conforme relato de deputados integrantes da Comissão, os dois afirmaram que a situação é de normalidade, sem dívidas, e que o dinheiro será recuperado, porque a empresa está em fase de investimento. Os empresários informaram que os investimentos só terão retorno, porém, a partir de 2021.

A CPI vai tentar mediar alguma solução para salvar parte dos recursos investidos e também os empregos diretos e indiretos que as usinas geraram.

Na vistoria, o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), e o relator, deputado Sergio Souza (PMDB-PR), constataram que a Usina Canabrava não tem condições de voltar a funcionar em breve, mesmo se tiver safra de cana e mais recursos.

Além da unidade em Campos do Goyatacases, a Canabrava adquiriu outra unidade sucroenergética, a Usina Só Brasi, que não chegou a operar.

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