CPFL Renováveis abre segunda usina de biomassa

A CPFL Renováveis inaugurou ontem sua segunda usina de geração de energia elétrica por meio da queima de bagaço de cana-de-açúcar, a Bio Formosa, localizada na cidade de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte. A usina tem uma capacidade de produção de 40 megawatts (MW) médios, uma fração do total de 330 MW médios que deverão estar em operação até 2013, quando a CPFL Renováveis terá sete usinas em funcionamento. Até 2020, a meta é chegar aos 1,5 mil MW médios.

Segundo o diretor de Engenharia e Obras da CPFL Renováveis, João Martin, os investimentos nas primeiras sete usinas da empresa somam perto de R$ 1 bilhão. “Atualmente, temos em operação apenas duas, a unidade Baldin, no interior de São Paulo, e a unidade Bio Formosa, que somam uma capacidade de 85 MW. As demais estão em construção”, disse.

Expansão. O plano de negócios da CPFL Renováveis é ter, até 2020, uma capacidade instalada de energia de 1,575 mil MW médios, dos quais 85 MW estão em operação e outros 245 MW devem entrar em operação até 2013. “Os demais 1.230 MW médios encontram-se em várias fases de prospecção e análise em usinas do setor sucroalcooleiro espalhadas por todo o território nacional”, disse Martin. Segundo ele, a estratégia é de que 36% da energia gerada pela CPFL até 2020 seja gerada através de biomassa.

Tanto a usina Bio Formosa como a Usina Baldin consumiram, cada uma, investimentos de R$ 130 milhões, em projetos bastante semelhantes. A CPFL Renováveis constrói uma unidade de produção de energia com caldeiras de última geração ao lado da usina de cana-de-açúcar. A energia gerada com a queima do bagaço é utilizada para o funcionamento da usina e o excedente é exportado.

No caso da Bio Formosa, ela foi construída ao lado da usina Baía Formosa, do Grupo Farias. A usina processa 1,3 milhão de toneladas de cana por ano, plantadas em 23 mil hectares. “A parceria com o grupo Farias tem sido de muito sucesso e poderemos estendê-la para outras usinas do grupo”, disse Martin.

De uma potência de 40 MW da Bio Formosa, 11 MW já foram vendidos no leilão de reserva A-5 de 2006, com entrega imediata. “Já começamos a entregar esta energia vendida no leilão hoje (ontem)”, disse o diretor. Outros 5 MW estão reservados para venda no mercado livre. Na Usina Baldin, de uma potência instalada de 45 MW, 30 MW serão comercializados.

Projetos. Outros dois projetos devem entrar em operação ainda em outubro, a Usina Buriti e a Usina Ipê, as duas localizadas nas proximidades de Ribeirão Preto, no interior paulista. As duas usinas fazem parte de um complexo de três usinas, que inclui também a Usina da Pedra, que inicia suas operações em abril de 2012. Os investimentos nas três usinas foram de R$ 400 milhões e elas terão uma capacidade instalada de 145 MW médios.

Outros 100 MW devem entrar em operação em 2013, decorrentes de dois projetos recém-anunciados, as unidades Alvorada e Coopcana, localizadas em Minas Gerais e no Paraná, respectivamente, que terão um excedente exportável de 36 MW médios. Nessas duas unidades, serão investidos R$ 310 milhões.

Produção

40 MW médios é a capacidade de geração da usina Bio Formosa, inaugurada ontem no Rio Grande do Norte

45 MW médios é a capacidade da usina Baldin, no interior paulista, a outra já em funcionamento