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CPFL energia entra na área de cogeração de biomassa de cana

Empresa já estuda portfólio de 500 MW e deve anunciar primeiro investimento, focado no mercado livre, nos próximos 30 dias.

Depois de Energias do Brasil e Tractebel, outro gigante do setor anunciou nesta quarta-feira, 13 de agosto, a entrada no negócio de cogeração de biomassa de cana. A CPFL Energia constituiu a subsidiária CPFL Bioenergia para cuidar dos investimentos na área. Segundo Wilson Ferreira Júnior, presidente do grupo, a empresa está estudando um portfólio de 500 MW e deve anunciar nos próximos 30 dias o primeiro contrato.

“Vamos atuar exclusivamente na área de energia elétrica, não vamos entrar em açúcar e álcool”, esclareceu Ferreira Jr, em teleconferência com analistas e investidores. O objetivo da companhia será atender os consumidores do subgrupo A4, que podem acessar as fontes incentivadas de energia – como biomassa e PCH -, através do mercado livre. Esses consumidores formam um mercado, diz o executivo, de 6 mil a 7 mil MW e 30% podem ser atendidos pelas fontes incentivadas.

A CPFL Bioenergia poderá investir na instalação ou moderinzação das máquinas ligadas à geração, como caldeiras de alta pressão, subestações e linhas de transmissão. A empresa também vai assinar um contrato de compra e venda de todo o excedente produzido de longo prazo. A energia será comercializada, por sua vez, para o mercado livre pela CPFL Brasil. A comercializadora já é, segundo Ferreira Jr, a maior compradora da energia de cogeração do país. A empresa já negocia, separadamente, seis contratos para compra de energia no curto prazo.

Ferreira Jr não quis falar sobre o tamanho do investimento ou o valor da energia, que está sendo negociada, por serem informações estratégicas para a companhia. O mercado de energia elétrica a partir do bagaço de cana tem projetado um aumento exponencial na capacidade instalada, passando de 1.400 MW médios na safra 2006/2007 para 14.400 MW médios em 2020/2021. Com isso, a participação na matriz energética pulará de 3% para 15% no período.

Para Ferreira Jr, a vantagem para os usineiros será poder contar com um PPA de longo prazo, que abrange toda a produção de energia excedente, extensivo à época de entressafra. “Ele poderá servir como garantia em contratos de financiamento”, observa. A CPFL Bioenergia será ligada à CPFL Geração. “Vamos aproveitar o acesso que temos no mercado cativo e no mercado livre para maximizar a eficiência no mercado. A ligação da comercialização com a geração é a nova sinergia do grupo”, afirma.

OUTRAS ÁREAS

A CPFL Energia está crescendo também em outras áreas, principalmente, de Serviços de Valor Agregado (SVA), que inclui construção de estrutura de transmissão para clientes, e faturamento de contas para outras empresas. A CPFL Total, que atua na área de pagamentos e serviços, teve um faturamento bruto de R$ 1,574 milhão no segundo trimestre, o que significa um aumento de 117% sobre o mesmo período do ano anterior. A área de SVA faturou R$ 41 milhões no trimestre em obras vendidas. O segmento atualmente realiza 52 obras orçadas em R$ 65 milhões. “A CPFL já é a maior empreendedora de serviço para os clientes”, afirma Ferreira Jr

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