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CPFL e Baldin investem R$ 100 mi para gerar energia a partir da cana

A CPFL Bioenergia, empresa da CPFL Energia, fechou um contrato com a Baldin Bioenergia, empresa do setor sucroalcooleiro, com sede em Pirassununga, interior de São Paulo, para o desenvolvimento de um processo para produção de energia limpa e renovável gerada por meio da queima do bagaço da cana-de-açúcar. As empresas investirão R$ 100 milhões, ampliando a capacidade da usina. O empreendimento entra em operação a partir de abril de 2010 e poderá gerar 45 MW.

Marco Antônio Oliveira de Siqueira, diretor de planejamento e comercialização da CPFL Energia, disse que a companhia entra como parceira para tornar o processo mais eficiente, com investimentos na ampliação da capacidade. “Com mais eficiência, você não só gera energia e vapor para consumo da planta, como gera um excedente de energia que é disponibilizada no mercado”, diz Siqueira. “A CPFL é a comercializadora e tem seu interesse focado nesse excedente de energia possível nos processos de produção de açúcar e álcool”, acrescenta.

Segundo o diretor da CPFL, o Estado de São Paulo, o Triângulo Mineiro e o Planalto Central são regiões ricas e propensas ao plantio da cana devido ao clima seco no inverno, o que colabora para o aumento do teor da fibra da planta, gerando mais quilocalorias por tonelada. Assim, a capacidade de geração de energia também é maior.

Avaliação do Instituto Acende Brasil aponta que os canaviais brasileiros poderiam gerar energia equivalente a cerca de 14 mil MW. É uma capacidade semelhante à da usina hidrelétrica de Itaipú. Apostando nesse mercado, a CPFL Energia acredita que os contratos que venham a ser fechados com outras usinas possam chegar a uma geração de energia até 2014 da ordem de 500 MKW.

Produção em Piracicaba

Pelo segundo ano consecutivo, a colheita de cana na macrorregião de Piracicaba deve cair. A previsão para safra 2009, segundo avaliação de José Coral, presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana-de-Açúcar (Coplacana), é de que a produtividade tenha uma queda de até 10% em relação a 2008.

No ano passado, cerca de 38,5 milhões de toneladas foram moídas na região – queda de 6% em relação a 2007, quando foram colhidas 40 milhões de toneladas de cana. Para este ano, a estimativa é ainda mais pessimista, com uma redução em torno de 3,8 milhões de toneladas (contra aproximadamente 1,5 milhão no ano passado). Em dois anos, são mais de cinco milhões de toneladas que deixam de ser colhidas.

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