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Cosan vê uma leve recuperação da cana na próxima temporada

A Cosan, maior exportadora de açúcar do mundo, prevê preços firmes da commodity em 2012, uma vez que a recuperação da próxima safra de cana do Brasil será apenas parcial, disse ontem o presidente-executivo da companhia, Marcos Lutz.

A Cosan fixou apenas 14% do açúcar para ser exportado na próxima temporada na bolsa de futuros ICE até o dia 30 de setembro, ante mais de 30% em 2010, disse Lutz. “A gente está vendo o mercado ainda bem justo. Obviamente são bastante relevantes as safras indiana, russa e tailandesa… mas vislumbramos um mercado justo”, disse Lutz, acrescentando que o cenário para os preços do açúcar em Nova York no próximo ano é “muito positivo”.

O Brasil, responsável por mais da metade do comércio global de açúcar, registrou a primeira queda da produção de cana em 11 anos devido aos efeitos do tempo, adverso desde 2009, amplificados pelo envelhecimento dos canaviais.

A Cosan estima um pequeno crescimento da produção de cana no centro-sul, principal região produtora, na próxima temporada. “A produção deve ter um pequeno aumento, mas nada substancial, talvez no máximo 10 por cento do volume deste ano”, disse Lutz.

Ele afirmou que a decisão de não fixar uma grande fatia da produção decorre do fluxo de caixa mais estável da companhia após a criação da Raízen, joint venture com a Royal Dutch Shell que começou a operar em 1º de junho.

A nova companhia trouxe diversas outras operações para um grupo que costumava ser apenas um produtor de açúcar e etanol, tais como a distribuição de combustíveis e lubrificantes. “Não temos a necessidade de fazer um hedge tão grande quanto antes [porque temos] a capacidade de estabilizar o caixa com outros negócios. E o mercado não está olhando uma superprodução [do Brasil] em breve”, disse Lutz.

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