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Cosan, Vale e Navistar têm suas negociações aprovadas pelo Cade

O Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) aprovou nesta quarta-feira o acordo de associação entre a Camil Alimentos, maior indústria de beneficiamento de arroz e feijão da América Latina, e a Cosan Alimentos, dona das marcas de varejo de açúcar União e da Barra e a gestora Gávea Investimentos.

Pelos termos do acordo anunciado em maio, a Cosan terá uma participação de 11,72% no capital na “nova” Camil, enquanto que o antigo bloco de controle da Camil ficará com 60,25% e o Gávea, 28,03%.

Outra operação entre empresas de peso aprovada hoje pelo Cade envolve a venda de ativos da Vale, na França e Noruega, para Glencore. Na semana passada, a Vale fechou a venda, por US$ 160 milhões, de suas atividades de ferro-ligas e manganês na Europa para a Glencore International. Os ativos estão situados na França e na Noruega e a venda faz parte da estratégia de negócios da Vale, de sair de áreas que não são o foco da companhia.

Nessa linha, a venda de participação da Vale na Cadam para KaMin também foi aprovada pelo Cade. A Cadam é uma produtora de caulim que opera no setor de mineração a céu aberto (no Amapá,) uma usina de beneficiamento e um porto privado (no Pará). A KaMin, uma companhia de capital fechado nos Estados Unidos, adquiriu 61,5% da Cadam por US$ 30,1 milhões.

O Cade também aprovou a sociedade entre a americana Navistar e a San Marino, de Caxias do Sul. O negócio foi anunciado no fim de janeiro e tem como objetivo a produção de ônibus completos (carrocerias e chassis) para os mercados da América do Norte e da América do Sul.

Os veículos serão negociados com a marca Neostar e a parceria ainda inclui a transferência de tecnologia para a fábrica de Caxias do Sul.

No plano de negócios, está prevista a instalação de uma fábrica no México, que deverá receber carrocerias enviadas pela unidade gaúcha para completar a produção com os chassis da própria Navistar e motores da MWM (controlada da sócia americana). Posteriormente, esses veículos serão vendidos no mercado mexicano, nos Estados Unidos e em países da América do Sul, como a Colômbia.

(Eduardo Laguna, Luiz Henrique Mendes e Rafael Rosas | Valor)

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