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Cosan vai reduzir pacote de investimentos de 2013

A Cosan reduziu em R$ 150 milhões seu investimento (“capex”) estimado para este ano, agora entre R$ 2,95 bilhões e R$ 3,2 bilhões. Os cortes serão realizados, basicamente, na divisão da Raízen Energia. Segundo o vice-presidente de finanças e relações com investidores da companhia, Marcelo Martins, a empresa avalia a postergação de alguns projetos nessa área, mas não mencionou quais serão afetados.

A companhia, embora seja a maior processadora de cana do Brasil, busca focar seus investimentos em negócios voltados para infraestrutura e combustíveis, sua principal fonte de receita. Na quarta-feira, a companhia divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre. A Cosan registrou Ebitda pro forma, incluindo a consolidação da Raízen, joint venture entre Cosan e Shell (50% cada), de R$ 833 milhões, alta de 35% no segundo trimestre deste ano (abril a junho) sobre igual período de 2012. A receita líquida pro forma, foi de R$ 8,8 bilhões, alta de 18% sobre o mesmo intervalo.

É a primeira vez que a Cosan divulga seus dados com base no ano calendário e não mais no ano-safra. A empresa encerrou a última linha do balanço no vermelho: R$ 198 milhões, ante também prejuízo de R$ 17,1 milhões no mesmo período do ano passado. Segundo Martins, o resultado reflete o impacto do câmbio nos negócios.

Segundo o presidente do grupo Cosan, Marcos Lutz, a desaceleração da economia nacional trouxe impacto no mercado de combustíveis de aviação, cujo consumo caiu significantemente no segundo trimestre. A estratégia geral, segundo Lutz, é avançar em todos os mercado nos quais a Cosan atua. O grupo ainda mantém negociações com a ALL (América Latina Logística) para entrar no bloco de controle da companhia férrea, conforme anúncio feito em fevereiro de 2012. As negociações continuam, mas ainda não há prazo para que se finalizem.

Para Martins, apesar do resultado negativo registrado no segundo trimestre, a companhia o continua crescendo substancialmente em todas as áreas de negócios. A Cosan anunciou no ano passado a compra de 60,1% do controle da Comgás. Esse negócio e as conversações para a entrada no bloco de controle da ALL refletem uma estratégia bem clara da companhia de ser cada vez mais um grupo voltado para infraestrutura.

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