JornalCana

Cosan revisa para baixo projeções da Raízen

A Cosan reduziu projeções de processamento pela Raízen, joint-venture que fez com a Shell há um ano, diante da queda de oferta de cana-de-açúcar no país, informou o diretor financeiro e de relação com os investidores da empresa, Marcelo Martins.

Segundo dados apresentados nesta terça-feira em teleconferência para comentar o balanço referente ao primeiro trimestre fiscal do ano safra 2011/2012, a cana processada deve atingir volume entre 53 milhões de toneladas e 56 milhões de toneladas, contra previsão anterior entre 56 e 60 milhões de toneladas de cana.

“A Unica tem revisado e nós temos observados redução expressiva da moagem, por esta razão fizemos alguns ajustes na projeção do resultado para 2012”, disse Martins a analistas durante a teleconferência.

A previsão de oferta de açúcar também diminuiu, de intervalo de 4,2 milhões a 4,6 milhões de toneladas para um volume entre 3,9 milhões e 4,3 milhões de toneladas.

Também foram reduzidas as expectativas para a vendas de etanol, para até 2,3 bilhões, e para a cogeração de energia, para até 1,4 milhão de megawatts.

“Com isso, o Ebitda para a safra 2011/12 cai de R$ 1,9 bilhão a R$ 2,3 bilhões para R$ 1,9 bilhão a R$ 2,1 bilhões”, afirmou Martins.

COMBUSTÍVEIS

Já a Raízen Combustíveis teve seu volume de vendas mantido em 21 a 23 bilhões de litros, mas a projeção de Ebitda foi elevada por conta de melhores preços, para de R$ 900 milhões a R$ 1,2 bilhão, versus R$ 850 milhões a R$ 1,05 bilhão anteriormente.

Já as projeções consolidadas da Cosan não foram alteradas, disse Martins, com a perspectiva de receita líquida em R$ 25 bilhões a R$ 27,5 bilhões e Ebitda entre R$ 1,8 bilhão a R$ 2,2 bilhões.

Martins disse que tanto a Cosan como a Raízen são empresas de baixo endividamento e que por isso aguarda uma elevação pelas agências nota da dívida para “investment grade”.

“Já e stamos preparados para receber este upgrade”, disse, observando que isso poderá ocorrer durante a próxima safra.

CRISE

O diretor afirmou ainda que a crise não vai reduzir os investimentos da companhia e que mantém “planos agressivos” de expansão.

“Nós temos um plano divulgado de crescimento bastante agressivo, mas vai depender das condições de mercado”, disse Martins.

Segundo Martins, o financiamento para novas plantas não é problema, “o problema são os impostos, as taxas de cogeração (de energia)”, explicou.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram