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Cosan registra prejuízo de R$ 174 milhões no segundo trimestre

Pandemia da Covid-19 impactou os negócios do grupo

A Cosan anunciou ontem (10) seus resultados referentes ao segundo trimestre (abril, maio e junho) de 2020 e reportou prejuízo líquido de R$ 174 milhões ante lucro de 418,3 milhões de reais no mesmo período de 2019, o que equivale a uma queda de 57%, reflexo dos impactos causados pela pandemia da Covid-19 em suas operações.

O EBITDA ajustado foi de R$ 518 milhões (-57%). Sem ajuste, o recuo do EBTIDA foi de 58,2%, para 590,8 milhões de reais, de acordo com a companhia.

A geração de caixa proforma (FCFE) totalizou R$ 1,1 bilhão, devido à maior captação de recursos na Comgás e Raízen, parcialmente compensada pelo menor caixa gerado pelas operações. A alavancagem (dívida líquida/EBITDA proforma) subiu para 2,4x, em função de menor geração de caixa e contribuição dos resultados operacionais. E a receita líquida baixou 33,1% no trimestre, para 11,8 bilhões de reais.

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“Durante todo o trimestre, seguimos focados em manter nossos negócios – em sua maioria essenciais – operando com segurança, zelando pelos nossos times, clientes, fornecedores e demais stakeholders. Continuamos correndo atrás para endereçar os desafios que surgem a cada dia, buscando oportunidades e atuando de forma ágil para neutralizar os efeitos adversos da conjuntura atual, mas já notamos recuperação gradual ao longo dos meses em nossos negócios”, afirmou a empresa em comunicado ao mercado.

A Raízen Combustíveis foi fortemente afetada pela queda dos preços e menor demanda por combustíveis no período, principalmente na Argentina. O EBITDA ajustado consolidado foi negativo em R$ 213 milhões, representando as operações integradas de Brasil e Argentina.

O EBITDA ajustado do 2T20 atingiu R$ 65 milhões (-88%), afetado pela combinação da redução brusca e sem precedentes da demanda com queda dos preços dos combustíveis no início do trimestre. O volume vendido foi 24% inferior, principalmente ciclo-Otto (-31%) e combustíveis para aviação (-76%). A diminuição das vendas de diesel foi menor (-8%), suportada pela demanda nos setores de transporte de cargas e agronegócio.

“A redução nas vendas gerou uma significativa perda de escala e menor diluição de custos, impactando também as margens operacionais do período. Vale notar que desde maio temos visto uma recuperação sequencial dos volumes e preços dos produtos, indicando um cenário de melhora gradual e, portanto, mais positivo para o segundo semestre de 2020”, informou a companhia.

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Já a Raízen Energia registrou queda de 18% no EBITDA ajustado, atingindo R$ 329 milhões, em razão do menor volume próprio de vendas de açúcar, em linha com a estratégia de comercialização para o ano-safra. Esse efeito foi parcialmente compensado pelos melhores preços realizados e pelo menor custo unitário (ex-CONSECANA). A receita líquida alcançou R$ 5,0 bilhões (-18%) no 2T20.

“O clima mais seco do período possibilitou um aumento da concentração de sacarose na cana e crescimento de 5% na moagem, que totalizou 22 milhões de toneladas no trimestre”, informou a empresa.

A produtividade média do canavial foi de 9,9 ATR/ha (+6%), impulsionada pela maior concentração de sacarose na cana devido ao clima mais seco no período, e melhor TCH. Assim, a produção de açúcar equivalente foi de 2,7 milhões de toneladas (+12%). O mix de produção foi de 54% para o açúcar (versus 49% no 2T19), em linha com o planejamento para o ano-safra, com foco na priorização do produto.

 

 

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