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Cosan quer atrair investidores para cogeração

A Cosan procura atrair novos investidores para suas operações de produção de energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. Para isso, a Cosan Bioenergia, uma empresa já existente do grupo, está sendo reestruturada para englobar as operações de cogeração e os ativos correspondentes a esta atividade de todas as usinas geradoras de energia excedente que hoje pertencem ao grupo, de acordo com informação do vice-presidente geral da Cosan, Pedro Isamu Mizutani.

Segundo ele, esta empresa irá gerenciar todas as operações de produção e comercialização de energia produzida através da queima do bagaço de cana. “Ao concentrar toda a operação de cogeração espalhada por dezenas de usinas em apenas uma empresa, é mais fácil encontrar investidores para este empreendimento”, explicou.

Mizutani conta que existem muitos investidores em potencial para o mercado de energia qu e não querem investir em açúcar ou etanol. “Eles querem apenas energia elétrica, e a criação da Cosan Bioenergia vai facilitar este processo”, explica. O executivo afirma que ainda não existe parceria fechada, mas o investidor ideal seria o de um fundo com perfil de longo prazo, já que “os investimentos em cogeração tem um retorno médio de 15 anos”. Não está descartado, contudo, parceiros também produtores de energia elétrica, como pequenas centrais hidrelétricas (PCH).

Para Mizutani, a associação com pequenas centrais hidrelétricas possibilitaria o fornecimento contínuo de energia por todo o ano, já que a cogeração se concentra no período de safra. Com a entrada em operação da nova empresa, Mizutani conta que as usinas da Cosan serão fornecedoras de bagaço para a Cosan Bioenergia, que fornecerá energia para as usinas. “Elas serão fornecedoras e clientes uma da outra”, disse. O executivo conta que, no momento, o processo se encontra na fase de “separação de ativos” para cons tituir a nova empresa.

De um potencial de produção de energia através de cogeração existente de 1.200 MW nas usinas do grupo Cosan, 294 MW já estão instalados. “Parte deste volume instalado já está sendo vendido para o mercado”, disse Mizutani. Das 21 usinas do grupo (sem considerar as usinas da NovAmerica que ainda não foram incorporadas), 11 já estão produzindo ou em vias de produzir energia excedente que pode ser vendida para o mercado até 2013″, disse.

As usinas Costa Pinto e Rafard já venderam energia nos leilões do governo e começam a entregar 144 MW este ano. Em 2008, essas usinas também venderam energia no mercado livre. A usina Serra fornece um pequeno volume para a CPFL desde 2002. A usina Gaza também fornece energia para a CPFL. As usinas Bonfim, Jataí (GO) e da Barra começarão a entregar energia a partir de 2010 e as suínas Univale, Diamante e Ipauçu a partir de 2011. Em 2013, será a vez da usina de Paraúna (GO). Segundo o executivo, para instalar cogeração em todas as 21 usinas seriam necessários investimentos da ordem de R$ 3,5 bilhões.

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