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Cosan pode emitir ações para comprar Vale do Rosário

Reuters/Brasil Online

SÃO PAULO (Reuters) – A Cosan, maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, poderá emitir ações no caso de sua proposta de compra da usina Vale do Rosário for concretizada, disse um executivo da empresa nesta quinta-feira.

Paulo Sérgio de Oliveira Diniz, vice-presidente financeiro, afirmou em uma teleconferência que a empresa ainda não sabia quanto custaria a aquisição do controle da Vale do Rosário, uma das maiores empresas do setor no Brasil.

Diniz afirmou que um grupo de acionistas que aparentemente detinham fatia de controle na Vale do Rosário recentemente procurou a Cosan para vender essa participação, mas ele acrescentou que outros acionistas da empresa possuem o direito de igualar o valor oferecido pela Cosan e adquirir a fatia oferecida.

Se o negócio for fechado, Diniz afirmou que os acionistas da Companhia Açucareira Vale do Rosário (CAVR) poderiam receber o pagamento em dinheiro, em ativos da própria CAVR ou em ações da Cosan.

“Se os acionistas da CAVR preferirem dinheiro em vez de outras formas de pagamentos e dependendo do percentual adquirido, a Cosan também vai contemplar o fortalecimento de sua base de ações para manter uma estrutura de capital equilibrada’, afirmou o executivo.

Os acionistas da Vale do Rosário que possuem direito de igualar a proposta da Cosan e ficar com a participação que o outro grupo de acionistas quer vender, terão 30 dias para fazê-lo. A Vale tem 109 acionistas.

A Cosan estima que a CAVR, considerada uma das mais eficientes usinas do país, tem vendas anuais de 350 milhões de dólares, com Ebitda de 70 milhões de dólares e lucro líquido de 22 milhões de dólares no último ano fiscal.

Fontes do mercado estimam que a aquisição pela Cosan de uma posição de controle na Vale do Rosário poderia atingir valor entre 300 milhões e 1 bilhão de dólares, dependendo do tamanho da participação que for comprada.

Os valores de ativos no setor de açúcar e álcool no Brasil, assim como de áreas para cultivo de cana, cresceram drasticamente nos últimos cinco anos, coincidindo com a elevação do petróleo, a reforma da política do açúcar na União Européia e o aumento do interesse por combustíveis “limpos’.

A Vale do Rosário tem uma participação de 35 por cento na Crystalsev, um dos maiores grupos de comercialização de açúcar e álcool no Brasil, com ativos como um terminal no porto de Santos, uma unidade de desidratação de álcool no Caribe e uma refinaria de açúcar no Oriente Médio.

O principal cliente da Crystalsev é a multinacional norte-americana Cargill, que compra mais da metade de seu volume.

A Cosan informou que está otimista em estabelecer um bom relacionamento com a Cargill, o que ela espera poderá lhe abrir espaço em importantes mercados externos. (Por Reese Ewing)

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2007/02/01/287655629.asp

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