Mercado

Cosan faz oferta de até US$ 750 mi pela Vale do Rosário, do grupo Crystalsev DCI ( SP ) - 01/02/07

O grupo Cosan, maior produtor de açúcar de álcool do País, anunciou ontem um acordo para adquirir o controle acionário da Companhia Açucareira Vale do Rosário, de Morro Agudo, na região norte do Estado de São Paulo. Em fato relevante divulgado ao mercado, a Cosan não informa o valor do negócio, mas condiciona sua conclusão à compra de no mínimo 50% mais uma das ações.

Segundo acionistas e fontes do setor sucroalcooleiro, a oferta chegaria a US$ 750 milhões caso a Cosan conseguisse adquirir todas as ações da empresa. De acordo com essas fontes, a Cosan conseguiu arregimentar 50,2% do capital da Vale por meio de um contrato de opção de venda com pequenos acionistas, a maioria com 1% de participação.

Caso consiga esse percentual, o Grupo Cosan investiria pelo menos US$ 376 milhões no controle da Vale, que divide com o grupo São Martinho, o posto de segundo maior processador de cana-de-açúcar do País.

O negócio pode levar a companhia a emitir ações (ADRs) na Bolsa de Nova York. Na semana passada, o vice-presidente Financeiro da Cosan, Paulo Diniz, disse que a companhia poderia investir até US$ 200 milhões sem precisar avaliar essa emissão externa.

O negócio só não será fechado caso os sócios responsáveis por 49,8% das ações da Vale exerçam o direito de preferência de compra da parte restante. Uma terceira e remota hipótese é a de que a própria companhia adquira as participações dos sócios.

A Companhia Vale do Rosário possui a Usina Vale do Rosário, parte da Usina MB, em Morro Agudo (SP), o controle da Jardest, em Jardinópolis (SP) e parte da Frutal (MG), que deve entrar em operação em 2007. As usinas em operação do grupo processam 9,5 milhões de toneladas de cana por ano. A Vale e a Companhia Energética Santa Elisa, de Sertãozinho (SP), planejavam uma fusão, que está emperrada. O usineiro Maurílio Biagi Filho, ex-presidente da Vale, disse em dezembro que havia vontade de fusão na Santa Elisa, mas não na Vale. Se a oferta da Cosan for aceita, põe fim à idéia de criar um conglomerado à sua altura no interior paulista. Além disso, tiraria mais de um quarto da produção do grupo Crystalsev, trading formada por nove usinas paulistas, que juntas moem 25,47 milhões de toneladas de cana.

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