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Corredor Agrotecnológico de São Paulo busca soluções inovadoras

O corredor engloba as cidades de Jaguariúna, Campinas, Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto

Corredor Agrotecnológico de São Paulo busca soluções inovadoras

A integração e compartilhamento de tecnologias e busca por soluções inovadoras são alguns dos objetivos a serem alcançados pelo Corredor de Inovação Agropecuária do estado de São Paulo, que se encontra em vias de implantação.

Em live promovida pelo deputado Federal Arnaldo Jardim, na segunda-feira última, dia 28, estiveram reunidos representantes do Ministério da Agricultura, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, integrantes da Embrapa e também dirigentes de startups.

O Corredor de Inovação Agropecuária do estado de São Paulo é um ecossistema consolidado e ações de mobilização e articulação em prol de uma agenda integrada para a região tem sido executada com as principais instituições da região. O projeto teve verba de R$ 19,5 milhões aprovada por deputados federais paulistas no início do ano e está em linha com o planejamento estratégico da Embrapa.

Com apoio do Ministério da Agricultura (MAPA), no ano de 2021 foi realizado um estudo preliminar dos ecossistemas de inovação nas cidades de Jaguariúna, Campinas, Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto. Só nestas cidades, são mais de 3 milhões de pessoas, cerca de 1 mil profissionais de ciências agrárias formados anualmente, 112 instituições de ensino e pesquisa, 52 ambientes de inovação, cinco unidades de pesquisa da Embrapa e 168 agtechs, mapeadas pelo Radar AgTech 2021.

A ideia do corredor de inovação é promover o desenvolvimento regional, com foco na conexão dos ambientes de inovação e instituições de pesquisa na região. Essa região conta com universidades, instituições de pesquisa públicas e privadas, aceleradoras e startups que atuam no setor agropecuário.

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Numa visão mais ampla, esse esforço visa fortalecer e expandir o desenvolvimento tecnológico e o crescimento do setor agropecuário no Brasil e posicionar a região como referência global em inovação e empreendedorismo tecnológico na agropecuária. Para isso, o Corredor de Inovação buscará o compartilhamento de recursos presentes no território para impulsionar a inovação aberta e o empreendedorismo e com isso fortalecer as ações de cooperação com os principais hubs de inovação no Brasil e no mundo.

Arnaldo Jardim: corredor possibilitará um salto de qualidade nas pesquisas em andamento 

De acordo com o deputado Arnaldo Jardim, o Corredor terá um efeito extraordinário sobre toda a pesquisa e a inovação no setor agro, particularmente para o setor de bioenergia é muito favorável. “Temos muitas pesquisas inovadoras em andamento neste setor, como o desenvolvimento de novas cultivares de cana-de-açúcar, etanol de segunda geração, outras também no plano de biodiesel. Pensando no futuro, temos também várias iniciativas para pesquisa no setor de célula de combustível, ou seja, quando pudermos aglutinar força, criar maior sinergia, nós poderemos ter nestes campos e em outros mais, um salto de qualidade muito grande para a eficácia dessas pesquisas”, argumentou.

Para Fábio de Angelis, CEO da Agrorobótica, “atuamos através de uma plataforma de inteleigência que consegue mensurar dados para o mercado de carbono. Numa primeira onda, focamos o mercado global e numa segunda etapa, vamos focar no mercado brasileiro. Só tinha um sonho e fomos acolhidos pela Embrapa. Então esse centro é fundamental para o desenvolvimento de soluções tecnológicas“, disse.

Para Sílvia Masshura, pesquisadora da Embrapa e articuladora de relacionamento do AgroHub de Inovação SP, “cada vez mais as tecnologias digitais são fatores determinantes para agregar valor, trazer mais transparência e atender ao novo perfil de consumidor, muito mais exigente e preocupado com a nutrição e a saúde. A ideia é ampliar isso, para levarmos essa ação para todo Brasil.”