A partir do mapa de discussões climáticas, a sustentabilidade pela pegada de carbono, pode estimular o mercado de etanol celulósico a partir da conferência COP 21, no fim do ano, em Paris?
A pergunta é de Alfred Szwarc, coordenador de painel sobre etanol celulósico na manhã desta quarta-feira (25) e representante da Unica no F.O. Licht Sugar & Ethanol, na capital paulista. Respondem:
André Bello, da Petrobras Biocombustíveis (PBio):
“Temos uma grande oportunidade nessa conferência, e as conferências geralmente são muito disputadas, e cabe reflexão sobre etanol feito pela cana. Quando se olha pelo etanol feito de milho, ou de cana, se olha os EUA (que fazem do milho) e nós, pela cana. A impressão que se dá é que há esforço de que o etanol é saída. Quando se aborda celulósico há mais interesse porque pode ser feito em qualquer país, com material a partir de várias fontes. Há espaço interessante para discutir produto que interessa a várias nações, e não é objeto do desejo da indústria brasileira, ou da indústria americana.”
Jaime Finguerut, do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC):
“O brasileiro faz a conta ao abastecer: se terá trajeto por quilômetro mais barato se colocar etanol. Todos sabem que o etanol é muito melhor que a gasolina. Se rodar mais, e não ir frequentemente ao posto, é porque o etanol é mais sustentável, assim como o celulósico, que é um aumento significativo de eficiência. Afixamos carbono. É um grande aumento de sustentabilidade. A taxação de carbono é das poucas esperanças para reduzir os impactos de nossas emissões. Se considerar a realidade do carro flex, que se escolhe etanol ou gasolina, da mesma forma haverá o mesmo desafio: haverá quem queira o mais sustentável? O povo pensa assim. A COP 21 é mais uma oportunidade de ganhar essa consciência.