Mercado

Cooperativa investe em Paranaguá buscando maior eficiência

A agilidade na movimentação das cargas será um dos principais benefícios trazidos com as obras que serão realizadas pela Coamo (Cooperativa Agropecuária Mourãoense), no Porto de Paranaguá. As melhorias fazem parte do rol de obras traçadas pela Coamo para acontecerem num prazo de 1 ano e meio, num total de R$ 18 milhões a serem investidos, e refletem a necessidade de um mercado cada vez mais exigente e competitivo.

Os projetos idealizados pela Coamo foram anunciados em solenidade realizada na última semana, na presença do governador do Estado, Roberto Requião, e do superintendente da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina)s, Eduardo Requião, e devem ampliar a capacidade de recebimento e armazenagem da Cooperativa dentro do porto paranaense. “É muito importante podermos contar com a parceria da maior cooperativa da América Latina. Os investimentos demonstram que a Coamo acredita neste Porto e esta administração acredita na Coamo, uma cooperativa pronta para incrementar os volumes movimentados por este terminal paranaense, mantendo-o entre os principais do mundo, com qualidade e produtividade”, disse o superintendente da APPA.

Segundo o gerente da Unidade da Coamo em Paranaguá, Airton Galinari, a obra autorizada pela APPA trata da construção de um desvio ferroviário na chamada “pera” ferroviária do Porto (que atende o Silão), dando acesso à indústria de óleo da Cooperativa. A construção se dará em área pública e daí a necessidade de autorização da autarquia para serem realizadas.

As demais obras serão executadas na área particular da cooperativa e referem-se a construção de uma moega para recebimento de vagões e caminhões, com capacidade de descarga, numa primeira fase, de 500 toneladas/hora, de um armazém com capacidade para 50 mil toneladas e instalação de um secador de grãos e de um equipamento para limpeza do produto. O objetivo das máquinas é oferecer ao mercado consumidor grãos em condições padrão de comercialização, que atendam aos limites internacionais que aceitam até 1% de impurezas, 8% de avarias e 14% de umidade.

“Entre todos os projetos, o desvio ferroviário em área pública é o que consideramos mais urgente, porque busca facilitar a circulação de vagões, que hoje representam 40% do total da movimentação da Coamo. As obras devem iniciar em 60 dias, conforme programação da APPA” , disse Galinari.

Presente em Paranaguá há 13 anos, a Coamo conta com estruturas instaladas em área arrendada e particular. São três armazéns com capacidade para 100 mil toneladas, duas moegas com potencial de descarga de 900 toneladas/hora, duas linhas de exportação com capacidade para 1,5 mil toneladas/hora e uma indústria de óleo com potencial para esmagamento de duas mil toneladas de soja/dia, produzindo farelo e óleo que são enviados ao mercado externo (principalmente para países da Europa, como Alemanha, França e Espanha).

Atualmente, a cooperativa possui mais de 18 mil cooperados, distribuídos em mais de 50 cidades do Paraná e de Santa Catarina e, em 2004, estará ampliando sua participação em duas cidades do Mato Grosso do Sul. “Nosso objetivo é transformar nossa unidade em Paranaguá num Entreposto Nacional, oferecendo a possibilidade de atendimento direto ao produtor, sem atravessadores, com uma estrutura pronta para o recebimento, padronização e exportação da sua produção”, afirmou o Gerente.

Os investimentos previstos pela Coamo fazem parte de uma iniciativa conjunta de 8 empresas que, unidas, injetarão R$ 117 milhões em obras no Porto de Paranaguá. Os projetos traçados para serem implantados em área pública começam em 60 dias e visam proporcionar maior velocidade nas operações portuárias e aumento da capacidade de armazenagem de produtos no Porto de Paranaguá, que acaba de bater seu próprio recorde, movimentando mais de 30 milhões de toneladas, contra as 28,5 milhões do ano passado. (Fonte: ASSCOM – APPA)

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