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Convênio entre APPA e Marinha pode melhorar condições de portos

O superintendente da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Eduardo Requião, tranqüilizou a comunidade portuária sobre um dos principais pontos que determinam a segurança na navegação: as condições do calado nos portos de Paranaguá e Antonina. Segundo o dirigente portuário, uma parceria entre a Autarquia e a Marinha do Brasil, através do Centro de Hidrografia, órgão subordinado à Diretoria de Hidrografia e Navegação, proporcionará melhorias nas áreas navegáveis dos Portos, beneficiando diretamente as operações portuárias.

Estas benfeitorias terão início no dia 20 deste mês, com o recebimento dos levantamentos batimétricos feitos pela Marinha, em novembro do ano passado. Na época, o navio “Taurus” esteve em Paranaguá realizando medições nas áreas de fundeio, bacia de evolução, canais de aproximação e de acesso e nos berços de atracação. O objetivo da operação foi traçar o perfil das condições de navegabilidade dos Portos do Paraná, auxiliando na retomada da dragagem no Porto.

Segundo o assessor da Superintendência da APPA, Capitão de Mar-e-Guerra, da Reserva Remunerada da Marinha, José Gryzinski Filho, além da batimetria, a APPA terá em mãos o cálculo do volume a ser dragado. “Ainda não podemos precisar qual será este volume, até porque a última operação de dragagem aconteceu há 5 meses pela empresa que era responsável pela atividade e, se os trabalhos foram realizados dentro da previsão, não há motivo para maiores preocupações”, comentou Gryzinski. Mesmo após este período sem dragagem, o Porto manteve um grau seguro de navegabilidade, fechando 2003 com mais de 2.200 navios movimentando suas cargas pelos Portos do Paraná, índice superior aos 2.000 registrados no ano anterior.

Além do levantamento fornecido a APPA, a Marinha poderá oferecer um apoio ainda maior ao terminal. De acordo com Gryzinski, as discussões sobre a criação de um convênio já começaram e visam ter o acompanhamento da batimetria, a fiscalização do volume dragado e a adequação da sinalização náutica das novas características do sistema aqüaviário de acesso ao Porto, supervisionados pela Marinha.

A contratação de uma nova empresa de dragagem pela APPA, conforme explicou o assessor da Superintendência, poderá assumir caráter emergencial, dependendo dos resultados obtidos com a batimetria da Marinha, e dispensar a necessidade de licitação, agilizando o processo e o início das operações da draga. “Após o dia 20, começaremos imediatamente a avaliar a melhor forma de execução das atividades. O grande fluxo de navios não impedirá o reinício da dragagem”, disse Gryzinski. A meta da administração portuária, numa primeira fase, é manter o calado original e, num momento posterior, aprofundá-lo, proporcionando condições seguras para o recebimento de navios de maior porte, como os Panamax que exigem um calado maior para operar. (Fonte: ASSCOM – APPA)

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