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Contratos de açúcar tendem a continuar em alta

O contrato de açúcar deverá subir na Bolsa de Commodities de Nova York (Nybot) para níveis superiores à sua alta recorde de 25 anos, num momento em que a União Européia (UE) e o Brasil reduzem suas exportações e a China e a Rússia importam mais para neutralizar a escassez interna, prevê a Sucden (U.K.) Ltd. “A UE tem de reduzir suas exportações subsidiadas, o que tirará cerca de 5 a 6 milhões de toneladas do mercado”, disse Nick Penney, operador-sênior da corretora de commodities com sede em Londres, em entrevista concedida hoje.

O contrato de açúcar não-refinado para entrega em março caiu para 18,8 centavos de dólar por libra-peso no fechamento da Bolsa de Commodities de Nova York. Os contratos futuros de açúcar alcançaram 19,3 centavos de dólar por libra-peso no último dia 3 de fevereiro, seu mais elevado preço de fechamento desde 7 de abril de 1981.

“O Brasil é o candidato óbvio para preencher essa lacuna, mas ainda não se sabe se o país poderá fazer isso no médio prazo, devido a seu programa de etanol.” O preço do açúcar não-refinado (demerara) mais do que dobrou no último período de doze meses, puxado por especulações de que o Brasil, o maior produtor mundial, vai destinar um volume maior de cana-de-açúcar à produção do combustível alternativo etanol, motivado pelo alto custo da gasolina. A UE, que congrega 25 países, também precisa reduzir suas exportações de açúcar refinado para cumprir determinação da Organização Mundial de Comércio (OMC).

“No curto prazo, prevemos uma correção técnica, uma vez que o mercado pareceu com excesso de posições compradas”, disse Penney. “Os últimos 4 centavos de dólar da alta se deveram à cobertura de posições pelos produtores e às compras gerais de commodities por administradores de investimentos”.

Os administradores de fundos de hedge e outros grandes especuladores reduziram suas posições líquidas compradas em contratos futuros de açúcar em Nova York na semana encerrada a 31 de janeiro, disse a Comissão Reguladora de Operações a Futuro com Commodities dos Estados Unidos no último dia 3 de fevereiro. As posições compradas especulativas superaram as posições vendidas em 81.831 contratos, disse a comissão. As posições compradas líquidas caíram em 6.855 contratos, ou 8%, em relação a uma semana antes.

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