As usinas de cana-de-açúcar da Bunge Açúcar e Bioenergia S. A. deverão moer entre 20 e 21 milhões de toneladas na atual safra, a 2018/19. Se confirmado, o volume representa a aumento de 1 milhão de toneladas ante o total de cana processada na temporada 17/18.
Para tentar cumprir a projeção de moagem, a gestão da companhia sucroenergética, que controla oito unidades produtoras, dá seguimento à estratégia de investimentos na renovação do canavial e melhorias na produtividade agrícola com foco no aumento no TCH médio dos canaviais.
Segundo a diretoria da companhia no relatório do exercício de encerramento de 2017, o mix de produção para safra 2018/2019 deverá ser maximizado para etanol, alcançando 61% do total da produção do ano, para aproveitar a dinâmica de preços do mercado atual.
Já em relação à cogeração, a Companhia espera um aumento de 13% nas vendas de energia renovável, em comparação à safra anterior, com volume de vendas em torno de 610 GWh.
Conforme os gestores da Bunge, “a safra 18/19 deve continuar sendo ancorada por preços mais remuneradores para o etanol, em virtude do excedente de produção de açúcar no mercado mundial. Nesse sentido, não é esperado uma forte reação nos preços de açúcar, visto que o mercado passa por um novo balanceamento, com safras recordes em diversos lugares do mundo.”
“No entanto, espera-se que esse excedente de açúcar deverá desaparecer nos próximos dois anos e, como resultado, o mundo deverá experimentar um déficit de produção de açúcar no futuro próximo”, relata. E segue: “importante ressaltar que mesmo no cenário adverso dos últimos anos, a Companhia manteve seus investimentos em inovação, obtendo resultados significativos com iniciativas de mecanização e introdução de novas tecnologias no campo – utilização de GPS, drones, gestão de frotas e uso de informações coletadas por satélite, conservação e sistematização do preparo de solos.”
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Resultados financeiros
Na temporada 17/18, cujo exercício foi encerrado em 31/12/2017, a companhia sucroenergética apresentou
um aumento de 18% em sua receita líquida total, alcançando R$ 4,3 bilhões, reflexo principalmente de maiores
volumes de vendas.
Excluindo-se as operações de performance, e revenda de energia, as receitas decorrentes das vendas de etanol, açúcar e energia produzida totalizaram R$ 3,0 bilhões, o que se traduz em um aumento de 0,9% frente ao ano anterior.
Esse crescimento foi consequência de maiores volumes de venda de açúcar e etanol em relação à 2016. Apesar disso, os preços médios praticados para o etanol foram ligeiramente inferiores ao ano anterior, enquanto que os preços médios de açúcar apresentaram uma queda no período.
O EBITDA ajustado, por sua vez, atingiu R$ 1,4 bilhão e a margem EBITDA ajustada foi de 45,9%, excluindo as operações de performance.