A substituição de combustíveis fósseis no mundo tem impulsionado a busca por fontes alternativas de energia.
A cana-de-açúcar tem um alto potencial para a geração de etanol, combustível limpo, e biomassa.
Sendo assim, as questões associadas à sua produtividade são de extremo interesse para a economia.
No Brasil, a produtividade média da cana é de 70 ton/ha, valor comparativamente baixo.
A produtividade no país em 2008 era de 80 ton/ha.
Essa queda pode estar associada à expansão das lavouras para áreas de baixa fertilidade do solo e com deficiência de nutrientes.
As limitações da cana de açúcar devido a dificuldades para uma nutrição adequada aparecem em diversos estudos da área técnica da agricultura tanto em relação às condições adversas do solo quanto à quantidade de micronutrientes disponíveis.
Segundo Quaggio (2007), 70% dos solos brasileiros são considerados ácidos e com isso limitam a agricultura.
Vale et al (2008) observaram que 66% dos solos do estado de São Paulo cultivados com cana têm valor de zinco, um micronutriente essencial para o desenvolvimento e produtividade, abaixo do nível crítico (menor que 0,5 mg/dm³).
Mellis et al (2010, 2014, 2016) tem apresentado estudos consistentes para os quais a resposta da cana de açúcar a altas doses de zinco é positiva.
O estudo mais recente conduzido por Estevão Mellis, do IAC, comparou o uso de um calcário dolomítico convencional e o Zincal 200, calcário dolomítico com zinco em sua composição (aprox. 0,3% de zinco) em 6 usinas distintas.
O estudo demonstrou que a cana de açúcar tem uma ótima resposta à adubação com zinco e à calagem do solo.
Produtividades mais altas que a média nacional foram conseguidas nos experimentos.
Em um deles, a produtividade acumulada em 3 safras em cana planta com o uso de calcário dolomítico convencional foi de 455 ton/ha. Já com o uso do calcário Zincal 200, a produtividade foi de 480 ton/há, o que demonstra que o zinco presente na formulação do Zincal 200 fez diferença.
O efeito positivo do zinco fica mais claro quando se compara os resultados de calcário dolomítico com sulfato de zinco e do Zincal com sulfato de zinco.
A produtividade da cana planta em 3 safras acumuladas foi de 507 ton/ha para os dois tratamentos.
Liberação
Nesse mesmo experimento em cana planta, foi possível verificar que o Zincal 200 libera o zinco em sua formulação de forma gradual.
No experimento na primeira soqueira, a produtividade somente com calcário dolomítico foi de 163 ton/ha e com o Zincal 200 foi de 166 ton/ha.
Já na segunda soqueira, a produtividade com o calcário comum foi de 136 ton/ha e com o Zincal 200 foi de 152 ton/ha.
Os experimentos em soqueiras também apresentaram resultados semelhantes.
As maiores produtividades foram conseguidas quando houve suplementação de zinco com sulfato de zinco para se chegar à dose recomendada de 10 kg de zinco por hectare.
Foi avaliado que o manganês, outro micronutriente importante para as plantas e presente na composição do Zincal 200, também fica disponível para a cana de açúcar, ajudando nos resultados positivos.
Fica muito evidente que a cana de açúcar se beneficia do uso de cal no solo para a correção de acidez e do uso de adubação com zinco, principalmente na dose de 10 kg de Zn/ha recomendada pelo IAC.
Para o agricultor, o uso do Zincal 200 ajuda na aplicação de zinco, uma vez que diminui a quantidade de sulfato de zinco a ser aplicada por já conter em sua composição esse micronutriente essencial.