A Odebrecht acaba de anunciar que a partir de agora se chama Novonor, uma empresa “inspirada no futuro”. O anúncio foi feito pelo representante do acionista majoritário do Grupo, Maurício Odebrecht, durante reunião anual com transmissão online para todos os funcionários.
De acordo com a empresa, a mudança do nome e da marca é o ponto culminante da transformação empreendida nos últimos cinco anos pela empresa. Nesse período, à medida em que ia mudando os seus processos internos e os seus métodos de atuação, rigorosamente pautados pela ética, integridade e transparência, a empresa implantou um sistema de conformidade no padrão das grandes corporações internacionais, e que foi certificado há dois meses por um monitor independente do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
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“Esta é uma decisão histórica para nós. Estamos apresentando a marca de uma empresa inteiramente transformada, e que passa a contar a sua história a partir de agora sempre olhando para o futuro”, afirmou Maurício Odebrecht.
Ele acrescentou: “Não estamos apagando o passado. Passado não se apaga. Passado é exatamente o que ele é – passado. Depois de tudo o que promovemos de mudanças e de correção de rumos, estamos agora olhando para o que queremos ser: uma empresa inspirada no futuro. Este é o nosso novo norte”.
A Novonor nasce como uma holding de um grupo empresarial com 25 mil empregados e seis empresas nas áreas de engenharia e construção, mobilidade urbana e rodovias, petróleo e gás, mercado imobiliário, petroquímica e indústria naval.
Na mesma reunião do anúncio da marca, foram apresentados o Propósito e a Visão 2030 da Novonor, definidos em reuniões, seminários e pesquisas que envolveram neste semestre mais de 3 mil integrantes, sob a coordenação de uma consultoria internacional, a GlobeScan.
O Propósito da Novonor, revelando a dimensão de longo prazo da empresa, é este: “Servir à sociedade pela atuação das nossas empresas, ajudando a construir um futuro sustentável.”
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A Visão 2030 estabelece a estratégia de atuação do Grupo Novonor para os próximos 10 anos. É esta: “Ter a confiança dos clientes e da sociedade para conceber e concretizar com ética soluções inovadoras que criam valor para todos.”
Recentemente, o grupo baiano perdeu o controle da Atvos Agroindustrial para o fundo americano Lone Star, com quem vem, desde maio deste ano, disputando a administração da empresa sucroenergética. O fundo americano Lone Star comprou por US$ 5 milhões as ações do Natixis. O banco é representante do Bridge Lenders, credor da Odebrecht, agora Grupo Novonor, e detinha a maioria das ações da Atvos em alienação fiduciária, o que garantiu o controle da companhia ao Lone Star.