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Fábrica de cachaça ultrapassa 54 usinas em moagem de cana

Fábrica de cachaça ultrapassa 54 usinas em moagem de cana

A Companhia Müller de Bebidas, dona da marca 51, deverá moer 630 mil toneladas de cana-de-açúcar exclusivamente para produzir cachaça.

A moagem começou em abril e deverá prosseguir até novembro próximo.

Segundo a plataforma de dados Infocana, o montante estimado pela Müller supera a moagem de 54 unidades produtoras do país, cujo processamento ficou abaixo de 600 mil toneladas de cana na safra 2015/16.

As 630 mil toneladas projetadas, segundo a Müller, representam um recorde.

Na safra 15/16, a fabricante de cachaça moeu 609 mil toneladas, ou seja, 3,4% abaixo da estimativa de moagem para a 16/17.

Conforme relato da Müller, pela primeira vez ela processa exclusivamente cana plantada e colhida pela própria empresa, na região da Pirassununga, no interior paulista.

“Tornar-nos autossuficiente na produção de cana tem um significado muito especial porque asseguramos o controle total da matéria que utilizamos, desde a escolha da variedade até os tratos de cultivo, de modo a contribuir para o aprimoramento da qualidade dos nossos produtos”, afirma Ricardo Gonçalves, presidente da Companhia Müller de Bebidas, em relato distribuído para a imprensa.

Para dar conta da safra atual, a empresa divulga a contratação de 300 colaboradores, entre efetivos e temporários, em campo em uma área de 9.000 hectares. A colheita é 98% mecanizada feita com sete colhedoras.

Mais sobre a cana da Müller

A jornada para produzir a tradicional Cachaça 51 somente com matéria-prima do próprio cultivo começou em 1981, com a aquisição da Fazenda Lageado, que até então produzia citros, próximo à destilaria. No ano seguinte foi iniciado o plantio de cana e a primeira colheita para elaboração de cachaça ocorreu em 1985.

Nas quatro primeiras safras, a produtividade de aguardente era próxima a 130 litros/tonelada de cana. Depois, com o domínio do processo, a produtividade atingiu resultados superiores a 160 l/t de cana, alcançando picos superiores a 180 l/t, que, conforme a empresa, dependem muito da maturação e concentração de açúcar da matéria prima que é processada.

(Com colaboração de Wellington Bernardes, do Infocana)

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