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Como escolher o LGE certo para sua indústria: da conformidade à performance

Compreender os critérios técnicos para selecionar o líquido gerador de espuma ideal pode reduzir riscos, otimizar o combate a incêndios e garantir conformidade normativa em áreas industriais críticas.

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Como escolher o LGE certo para sua indústria: da conformidade à performance

O papel do Líquido Gerador de Espumas nas indústrias brasileiras

A segurança contra incêndio é um dos pilares essenciais da operação em áreas industriais críticas, como usinas de açúcar e etanol, plantas químicas, instalações de armazenamento e operações logísticas envolvendo combustíveis e líquidos inflamáveis. Dentre os principais recursos disponíveis para resposta rápida e eficiente a incêndios nessas condições, o LGE – Líquido Gerador de Espuma tem se consolidado como tecnologia indispensável para o controle e extinção de chamas em cenários de alto risco.
No Brasil, à medida que cresce o rigor dos órgãos reguladores e a exigência por conformidade
técnica, aumenta também a necessidade de selecionar LGEs com base em critérios normativos, desempenho e compatibilidade com os riscos específicos da operação.
Embora o mercado ofereça uma variedade de composições e apresentações, a escolha inadequada pode comprometer toda a resposta emergencial — colocando em risco vidas, equipamentos, certificações e até a operação como um todo.
Este artigo propõe esclarecer as principais diferenças entre os tipos de LGEs, indicar as normas técnicas aplicáveis e orientar gestores, engenheiros e especialistas de segurança sobre como tomar decisões mais seguras e fundamentadas.


O que são LGEs e como funcionam?


LGEs são soluções químicas projetadas para gerar espuma com capacidade de abafar, resfriar e impedir a reignição do fogo. Seu funcionamento está baseado na formação de uma película
espumosa que isola o oxigênio da superfície do combustível, resfria o material em combustão e evita a liberação de vapores inflamáveis.
Essa espuma é aplicada por sistemas fixos, portáteis ou veículos de combate a incêndio, e sua
eficácia depende de fatores como:

● Tipo e concentração do agente espumígeno

● Classe do fogo (A, B ou mista)

● Proporção de diluição em água

● Capacidade de aderência e resistência à re-ignição

● Compatibilidade com os sistemas e bicos utilizado

A correta seleção do LGE é determinante para a efetividade do combate ao fogo, especialmente em áreas que armazenam combustíveis, álcool, solventes, gases inflamáveis ou materiais sólidos combustíveis, como depósitos de biomassa.

Normas técnicas e certificações obrigatórias no Brasil

No Brasil, o uso de LGEs é regido por uma série de normativas que visam padronizar a qualidade, a segurança e a rastreabilidade desses produtos. As principais são:

● ABNT NBR 15511: estabelece os requisitos para desempenho e ensaios dos LGEs.
● Portaria Inmetro 366/2021: trata da certificação compulsória de produtos relacionados à
segurança contra incêndio.
● NFPA 11 e NFPA 18 (referências internacionais): detalham a aplicação de espumas e
aditivos para combate a incêndio em diferentes cenários industriais.

Além disso, cada estado pode estabelecer regulamentações complementares por meio dos seus Corpos de Bombeiros Militares, exigindo documentação técnica, laudos de desempenho e certificado de conformidade emitido por organismos acreditados.

É fundamental destacar a diferença entre dois conceitos recorrentes nas embalagens e
comunicações de mercado:

● “Atende à norma”: significa que o fabricante declara seguir as diretrizes técnicas, sem
necessariamente apresentar comprovação laboratorial ou auditoria.

● “Conforme à norma”: implica que o produto foi submetido a ensaios técnicos, certificação
formal e auditorias periódicas, tendo rastreabilidade documentada e validade reconhecida.
Em auditorias técnicas, inspeções de órgãos reguladores e licitações públicas, essa distinção é crítica e pode definir a regularidade de uma operação.

Tipos de LGEs e suas aplicações práticas

Existem diferentes formulações de LGEs, cada uma adequada para um tipo de incêndio e condição operacional. Abaixo, detalhamos os principais modelos disponíveis no mercado e suas aplicações recomendadas:

➤ AFFF 3% e AFFF 6% (Aqueous Film Forming Foam

Aplicação: Hidrocarbonetos (gasolina, diesel, óleo)
● Utilizado para incêndios Classe B (líquidos inflamáveis).
● Cria uma película aquosa que impede a liberação de vapores.
● A concentração de 3% ou 6% se refere à proporção de diluição em água.
● Ideal para sistemas fixos, tanques de armazenamento e áreas de abastecimento.

➤ AR-AFFF 3% e AR-AFFF 6% (Alcohol Resistant AFFF)

Aplicação: Álcool, etanol, acetona e líquidos polares
● Contém polímeros que formam uma barreira protetora sobre líquidos miscíveis em água.
● Essencial em usinas de etanol e indústrias químicas.
● Pode ser utilizado também sobre hidrocarbonetos.
● Mais resistente à ruptura por agitação ou calor intenso.

➤ LGE Classe A (Combustíveis sólidos)

Aplicação: Madeira, papel, biomassa, vegetação, estruturas florestais
● Reduz a tensão superficial da água, permitindo penetração mais profunda.
● Altamente eficaz em áreas agrícolas e de armazenagem de celulose ou biomassa.
● Utilizado em equipamentos portáteis e combate direto em solo.

Como escolher o LGE certo para sua usina ou planta industrial

A escolha do LGE ideal deve levar em consideração não apenas o tipo de risco presente, mas
também a estrutura do local, a disponibilidade de sistemas de aplicação e as exigências normativas da jurisdição onde a planta opera. A seguir, alguns dos principais critérios técnicos:
● Tipo de material armazenado ou processado: combustível líquido, etanol, resíduos
sólidos, vegetação etc.
● Local de risco: área confinada, aberta, tanque elevado, docas ou galpões.
● Tipo de incêndio previsto: Classe A (sólidos), Classe B (líquidos) ou ambos.

● Compatibilidade com equipamentos já instalados: proporcionadores, sistemas fixos,
bicos e bombas.
● Tempo de resposta necessário e vazão esperada.
● Impacto ambiental e descarte da espuma.
● Rastreabilidade e validade técnica do produto adquirido.

Optar por produtos genéricos ou sem certificação pode acarretar perda de efetividade, falhas no combate, problemas em auditorias e sanções de órgãos reguladores.

Conformidade, rastreabilidade e segurança: critérios que não podem ser ignorados

A performance de um LGE não se resume à sua ação imediata sobre o fogo. É fundamental que o produto apresente:
● Certificação emitida por organismo acreditado (como a ABNT).
● Laudos laboratoriais de desempenho e composição.
● Informações de rastreabilidade em lote, data de fabricação, vencimento e controle de
qualidade.
● Manual técnico, FISPQ e compatibilidade com normas locais.
Esses fatores impactam diretamente a segurança jurídica da empresa, especialmente em casos de incidentes com perdas materiais ou humanas, processos de licitação e apólices de seguro patrimonial.

Casos práticos: onde o uso correto do LGE faz a diferença

Na prática, o uso correto do LGE tem evitado perdas milionárias em indústrias com alto risco térmico.

Abaixo, algumas situações reais que ilustram sua importância (os nomes dos clientes são
preservados por sigilo técnico):

● Usina de etanol no interior de SP: combate eficaz em incêndio em tanque de etanol com
AR-AFFF 3%, evitando propagação para área adjacente com materiais combustíveis.
● Armazém de biomassa no centro-oeste: uso de LGE Classe A para evitar reignição após
foco controlado em cavaco de madeira.
● Área de abastecimento de veículos pesados: atuação rápida com AFFF 3% para
contenção de vazamento de diesel em galpão.

Cada cenário exige um tipo específico de LGE, e a escolha incorreta poderia ter omprometido a segurança e a operação.

A contribuição da CM Couto Coutoflex para o mercado de LGEs no Brasil

A CM Couto Coutoflex é uma das principais referências nacionais na fabricação e fornecimento de produtos e soluções para prevenção e combate a incêndios.

Seu portfólio de LGEs certificados atende aos mais rigorosos critérios de conformidade técnica, sendo amplamente utilizados em setores como:
● Indústria sucroalcooleira
● Complexos logísticos e portuários
● Indústria química e petroquímica
● Setor ferroviário e aeroportuário
● Áreas rurais e florestais

Os produtos passam por ensaios em laboratórios independentes, seguem as exigências da ABNT, NFPA e Inmetro e contam com suporte técnico especializado em todo o Brasil.

A empresa atua com responsabilidade ambiental, rastreabilidade de lotes e orientação técnica para a escolha do LGE adequado a cada cenário.

Saiba mais

A escolha de um LGE não pode se basear apenas no preço ou na disponibilidade imediata. Em um setor sensível como o sucroalcooleiro, a decisão deve ser técnica, embasada em normas e adaptada ao risco real da planta.
Produtos com certificação comprovada, rastreabilidade e assistência especializada são
investimentos em segurança, continuidade operacional e conformidade legal.
Antes de adquirir qualquer líquido gerador de espuma, consulte especialistas, solicite laudos e
verifique a aderência normativa.
Entre em contato com o time técnico e conheça o portfólio completo de LGEs certificados disponíveis para diferentes tipos de aplicação.