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Consumo dispara em MT

Neste primeiro semestre do ano o consumo de álcool hidratado em Mato Grosso aumentou 57,4%, passando de 114,71 milhões de litros, para mais de 180 milhões. O consumo total de combustíveis em Mato Grosso foi de 1,36 bilhão de litros de janeiro a junho, volume 5,1% acima do contabilizado em igual período do ano passado.

Na série histórica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 2009 registra o maior consumo desde 2000, com destaque para os meses de abril e junho, com movimentação recorde de 32,42 milhões de litros e 30,72 milhões de litros, respectivamente. Oferta do combustível e a disseminaçã! o dos motores flex fuel (bicombustíveis), ditaram a mudança do segmento e são responsáveis pela alta de consumo registrada no Estado, já que a gasolina mantém-se estável e o óleo diesel, depois de seguidas baixas entre os anos de 2005 a 2007, encontrou ponto de equilíbrio, fechando o exercício 2008 com comercialização de 1,84 bilhão de litros. O recorde do diesel foi em 2004 quando o volume de vendas atingiu mais de 2 bilhões de litros. (Veja quadro abaixo)

Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo) não há dúvidas de que a “leve” reação do segmento em 2009 em comparação com os seis primeiros de 2008 “é sustentada pela explosão no consumo do álcool”. Pela a série histórica da ANP, o álcool em Mato Grosso, saiu de uma média mensal de consumo de 5 milhões a 6 milhões de 2000 a 2006, para uma demanda de mais de 20 milhões ao mês em 2008 e rompendo a barreira de 30 milhões de litros em 2009. Comparando o consumo de hidratado de! 4,74 milhões em junho de 2000, com o registro de 30,72 milhões de litros em junho de 2009, a alta ultrapassa 547%.

“Nos últimos três anos houve uma maciça migração de carros até então movidos à gasolina para o álcool. Além da ampliação na demanda pelo hidratado, houve necessidade de consumir mais, já que em média, um carro a gasolina faz cerca de 12 quilômetros por litro e o a álcool rende entre seis e sete quilômetros por litro. O álcool aumentou a frequência dos motoristas nos postos”, explica o Sindicato.

Ainda como explica o sindicato, até mesmo carros movidos a óleo diesel, converteram motores para o uso do álcool. “Por esta dobradinha de fatores – aumento da frota flex e maior frequência nos postos – é que o álcool é atualmente o carro-chefe das vendas e em determinados períodos chega a representar até 70% das vendas de combustíveis dos postos”.

Já o superintendente do Sindicato das Usinas sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), Jorge dos Santos, aponta que a dobradinha de fatores, está levando além de um consumo natural do álcool – já este combustível rende menos em comparação a gasolina, cerca de 60% – maior utilização dos veículos. “Este domínio de escolha que o motorista tem hoje em dia, faz com que ele ao invés de ir à Chapada dos Guimarães uma vez por mês, faça esse caminho, de cerca de 60 quilômetros partindo de Cuiabá, uma vez por semana. As pessoas estão utilizando mais os seus veículos, inclusive, viajando mais de carro”.

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