O consumo de energia elétrica no Brasil caiu 2,2% em maio, em comparação com o mesmo mês em 2014, informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nesta quarta-feira (01). Foram consumidos um total de 38.196 gigawatts por hora (GWh). Segundo a entidade, “economia mais fraca e tarifas mais altas inibem consumo de energia na baixa tensão”.
No ano, o consumo total acumulou queda de 0,9%. Já em doze meses, houve um crescimento de 0,2%, em relação ao igual período do ano anterior.
A empresa explicou que, embora em fevereiro e março já tenham ocorrido crescimentos mais baixos, havia grande influência da base elevada em 2014, por causa das altas temperaturas.
“Já o resultado de maio, livre dessas influências, parece refletir os efeitos combinados da queda do poder aquisitivo das famílias com o aumento das tarifas de eletricidade, aplicado em todas as distribuidoras”, analisou, em nota.
Domicílios
A redução de gasto de energia também foi observada nas residências brasileiras, com uma queda de 2,5%. Esse resultado reflete o declínio de 4,2% na região Sudeste, e de 4,5% na região Sul, informou a empresa.
“O consumo médio mensal por residência em maio, de 166 kWh, manteve-se inalterado em relação ao mesmo mês do ano passado. Portanto, o crescimento acumulado do consumo residencial é devido ao aumento do número de consumidores”, analisou.
Indústria
Na indústria, houve recuo de 4,2% no consumo, alinhado também com o mercado do Sudeste, que representa 53% da demanda da energia nesse setor.
O resultado foi impulsionado pelo setor metalúrgico, que é o maior consumidor de energia do setor. O segmento apresentou a segunda maior retração, -11%.
A maior retração no consumo de energia, contudo, ocorreu no setor automobilístico, com queda de 14%, “refletindo o desempenho da produção total de veículos em maio, que encolheu 25,3%, conforme dados da ANFAVEA”.
Extrativa mineral e papel e celulose são os setores que apresentaram maior crescimento, segundo a entidade.
Comércio e serviços
Na contramão dos domicílios e da indústria, o consumo do setor de comércio e serviços apresentou crescimento no mês de 0,5%, “explicado principalmente pela forte expansão observada na região Nordeste”, apontou a EPE, “em decorrência da maturação de investimentos iniciados anteriormente, principalmente em shoppings centers”.
Na região Nordeste, o consumo comercial cresceu 7,7%. Já na região Sudeste, onde há 34,5 milhões de consumidores de eletricidade – ou cerca de 44% do país, de acordo com a EPE -,houve queda de 3,9%.
(Fonte: Portal G1)