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Consumo de combustível tende a dobrar até 2020

Até 2020 o consumo de combustível irá dobrar no país. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool de Goiás (Sifaeg), André Luiz Rocha, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o setor terá que praticamente dobrar sua produção para atender a demanda de etanol. Contudo, segundo representantes do setor, Mato Grosso tem sérios gargalos a serem solucionados para que isso aconteça. Um dos problemas para alcançar essa produção está nas restrições impostas pela lei de zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, criado em 2009, que restringe a expansão dos canaviais e a concessão de crédito à cultura da cana.

Dos 141 municípios mato-grossenses, 115 estão localizados nos biomas Pantanal e Amazônico e na Bacia do Alto Paraguai, onde foi proibida a instalação de novas usinas sucroalcooleiras. Segundo o o vicepresidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, sem usina instalada pelo menos num raio de 50 km de distância não tem como produzir cana-de-açúcar. “Hoje temos dificuldades enormes

na cadeia, e uma delas é a questão das usinas”, explica. A falta de usinas atrelada à logística estadual são um dos principais entraves para o setor socroalcooleiro no Estado.

Situação – Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool/MT), Jorge dos Santos, Mato Grosso possui só 10 usinas sucroalcooleira das 554 instaladas no Brasil. Ou seja, apenas 1,8% do setor em todo país. Juntas as 10 tem capacidade de 18 milhões de toneladas ano de cana-de-açúcar. No entanto, segundo o setor usineiro, a safra 2011/2012 deverá ser de 14,5 milhões de toneladas. “A nossa produção é menor do que a nossa capacidade de processamento, porém, não adianta aumentarmos a produção, sendo o que produzimos já sobra”.

Folha do Estado

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