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Consultor discute sistemas de limpeza a seco de cana em GO

“Sistemas de Limpeza a Seco da Cana-de-Açúcar – Tratamento do Palhiço para Cogeração – 20 Anos de Experiência da Petersen Engenharia“, será tema da palestra de Emmanoel Petersen, consultor e diretor da empresa, durante II SIMPOESTE – Simpósio Tecnológico Industrial do Centro-Oeste Brasileiro. O evento, promovido pela Sinatub e a Qualidade Eventos, acontecerá de 23 a 25 de novembro, no Centro de Convenções de Goiânia, com apoio do Gemea, Sifaeg e Sifaçucar.

Segundo o especialista, o avanço da colheita mecanizada integral em cumprimento ao protocolo agroambiental em 2014, com 100% de colheita integral sem queima (em declividade menor que 12%) ocasiona o aumento das impurezas vegetais e minerais na indústria. “Os projetos de cogeração de energia elétrica fazem com que uma parte do palhiço da cana sejam transportados juntamente com a cana para serem separados e tratados na indústria”, diz.

De acordo com ele, devido ao aumento gradual de colheita mecanizada, o sistema de limpeza da cana por água torna-se inviável, já que as perdas do ART na lavagem de cana picada podem chegar a 6%. “Hoje as usinas recebem quatro tipos de matéria-prima: cana picada crua, cana picada queimada, cana inteira crua e inteira queimada. Consequentemente as impurezas são em função das características variáveis, climáticas e idade do canavial. As unidades industriais também estão aumentando sua capacidade de processamento, onde os pontos de descarga de cana (inteira, picada e mistos) podem ser mais que um. A instalação de um sistema de limpeza a seco depende do espaço existente entre a Balança Rodoviária e o sistema de recepção de cana, assim é por isso que as soluções encontradas são únicas para cada cliente, em função de sua particularidade”, lembra.

Petersen explica que para cana picada não é mais necessário mesa alimentadora, porém há clientes que preferem a mesa alimentadora independentemente da cana ser picada crua ou queimada. “As impurezas minerais e vegetais têm causado grande impacto na manutenção industrial e nos rendimentos industriais das unidades; porém não temos uma pesquisa ou trabalho sobre a quantificação dos gastos. Temos sim depoimentos de clientes quanto aos ganhos de manutenção, de capacidade de extração e de ritmo de moagem. Talvez este seja o ponto mais polêmico porque são estes números que poderiam auxiliá-los na quantificação e estudo de implantação de um sistema de limpeza da cana a seco. A Petersen recomenda aos engenheiros que desejam colocar um sistema de limpeza da cana a seco, que visitem todos os sistemas existentes, de todos os fabricantes, comparem as tecnologias e qual retira realmente mais impureza mineral (principalmente para quem vai cogerar) e impureza mineral, para que finalmente tomem a decisão de escolha da solução para sua unidade”, informa.

Uma das principais inovações apresentadas na palestra será a combinação do sistema de limpeza da cana por ventilação com sistemas mecânicos para melhorar a retirada das impurezas minerais, projeto que está sendo implantado na Usina Santa Cruz OP.

Mais informações sobre o Simpoeste: (16) 3911-1384 ou www.simpoeste.com.br.

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