Construção de novas usinas lota carteira de pedidos das indústrias
A construção de pelo menos 30 novas usinas de açúcar no Estado de São Paulo, num investimento estimado em US$ 9 bilhões, lotou as carteiras de pedidos das indústrias fornecedoras de equipamentos para o setor sucro-alcooleiro. A Renk Zanini, empresa do grupo Biagi, acumula encomendas que deverão manter suas atividades aceleradas por pelo mais menos 12 meses. A indústria, que faturou R$ 55 milhões no ano passado, projeta receita 10% maior neste ano. O faturamento da empresa só não será maior porque está no limite de capacidade, informou seu diretor superintendente, Marcelo Taparelli.
A boa fase por que passa a Renk Zanini deve contribuir para animar a festa de comemoração dos 30 anos de fundação da empresa na sua atual forma, amanhã. O clima de festa fica ainda mais animado, segundo Taparelli, quando se recorda os maus momentos enfrentados pela empresa até dez anos atrás, quando as encomendas praticamente desapareceram. Isso ocorreu na década de 80 e início dos anos 90. A recuperação só começou quando a empresa decidiu diversificar suas atividades e atender a outros setores, entre os quais, o Metrô de São Paulo.
Mercado externo
O avanço tecnológico alcançado pela empresa permite que atenda a todas as demandas do setor sucroalcooleiro, desde instrumentos para o acionamento das moendas até equipamentos pesados para a cogeração da energia produzida pelas usinas e vendidas às distribuidoras. Além de atender à demanda doméstica, a Renk Zanini também fornece equipamentos para a instalação de usinas no exterior.
Os mais recentes clientes, segundo Taparelli, são usineiros do estado da Louisiana (EUA). Como no Sul dos Estados Unidos a safra de cana é curta – apenas três meses -, as empresas buscam o maior rendimento possível, o que as faz optar pelo sistema difusor para a extração da sacarose da cana. Por este processo, a extração da sacarose chega a 97,5%, enquanto que por meio do uso de moendas, o rendimento é de 96%. No Brasil, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, o sistema preferido é o da moagem da cana.
