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Conheça as 8 empresas do setor sucroenergético que estão entre as 50 maiores da Forbes

[Atualizado às 9h35 de 14/07]

Oito empresas ligadas ao setor sucroenergético estão na lista das 50 melhores empresas de agronegócio do Brasil da Revista Forbes.

A lista da Revista Forbes, que inclui oito empresas ligadas ao setor sucroenergético, acaba de ser disponibilizada.

Na reportagem que ilustra a lista, a Revista Forbes relata que “projeções indicam que, até o ano 2050, o agronegócio brasileiro deve crescer de três a quatro vezes mais que os concorrentes globais, consolidando de vez nossa condição de celeiro do mundo.”

“Nossa produtividade só aumenta, enquanto a área usada diminui. Um estudo da Embrapa Territorial comprovou que o Brasil só utiliza 7,8% do seu território para a agricultura – alguns países europeus chegam a usar 50%”, explica, na reportagem, o ministro Blairo Maggi, da Agricultura.

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Confira as 8 empresas que também operam no setor sucroenergético integrantes da lista da Forbes:

1

BUNGE ALIMENTOS
SEDE: São Paulo (SP)
FUNDAÇÃO: 1818 (1905 no Brasil)
CEO/PRESIDENTE: Raúl Padilla
ÁREA DE ATUAÇÃO: processamento de soja e sucroalcooleira
FUNCIONÁRIOS: 4.500
RECEITA BRUTA 2017: não divulgada

Na reportagem, a Revista Forbes detalha que “o setor sucroalcooleiro também contribuiu para a Bunge ficar no vermelho, com uma redução de 14,2% na receita – que ficou em US$ 1 bilhão – e um prejuízo de US$ 14 milhões. O desempenho ruim levou o CEO mundial, Soren Schroder, a anunciar a saída da companhia do comércio mundial de açúcar. Ele não revelou, no entanto, o destino da operação brasileira, que pode ser vendida ou passar a operar autonomamente.

A performance global negativa também intensificou as especulações em relação a uma eventual venda da Bunge, iniciadas em meados do ano passado. A imprensa internacional aponta uma possível compra pela ADM, que já teria ofertado US$ 30 bilhões para a fusão. Caso se confirme a união entre Bunge e ADM, a nova empresa se tornaria uma das maiores do segmento, com receita anual estimada de US$ 110 bilhões. A suíça Glencore também está no páreo e teria feito uma oferta ‘informal’ pela Bunge no ano passado, que foi recusada.”

 

2

CARGILL BRASIL
SEDE: São Paulo (SP)
FUNDAÇÃO: 1865 (1965 no Brasil)
CEO/PRESIDENTE: Luiz Pretti
ÁREA DE ATUAÇÃO: exportação e processamento de grãos e alimentação
FUNCIONÁRIOS: 10 mil
RECEITA BRUTA 2016: R$ 33 bilhões

Com relata o texto da Forbes, a Cargill foi fundada em 1865 por William W. Cargill em Conover, Iowa. É uma das maiores tradings agrícolas do mundo. Seus 155 mil funcionários produzem e comercializam, em mais de 70 países, produtos e serviços alimentícios, agrícolas, financeiros e industriais, atingindo vendas globais de US$ 109,7 bilhões e um lucro operacional de US$ 3 bilhões (dados de 2017). Está presente em todas as etapas da cadeia produtiva do algodão, cana-de-açúcar, milho, palma, trigo e soja.

Diretamente, a Cargill opera no setor sucroenergético com a controlada Central Energética Vale do Sapucaí (Cevasa), em Patrocínio Paulista (SP), e na joint-venture SJC Bioenergia, com duas unidades em Goiás, em sociedade com a USJ (Usina São João).

 

3

COPERSUCAR S.A.
SEDE: São Paulo (SP)
FUNDAÇÃO: 1959
CEO/PRESIDENTE: Paulo Roberto de Souza
ÁREA DE ATUAÇÃO: comercialização e logística de açúcar e etanol
FUNCIONÁRIOS: 646
RECEITA BRUTA 2017: R$ 29,2 bilhões

Trecho da reportagem da Revista Forbes: com receita líquida de R$ 28,3 bilhões no ano-safra 2016-2017, a Copersucar comercializou 5,3 milhões de toneladas de açúcar (sendo 1,8 milhão no mercado interno e 3,5 milhões enviados para o exterior) e 4,2 bilhões de litros de etanol (com a maior parte, 3,7 bilhões, permanecendo no Brasil). As duas operações são líderes: a Copersucar é a maior exportadora brasileira de açúcar e a maior plataforma global de biocombustíveis.

4

GLENCORE
SEDE: Baars, Suíça (escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo)
FUNDAÇÃO: 2016
CEO/PRESIDENTE: Chris Mahoney (global)
ÁREA DE ATUAÇÃO: trading commodities
FUNCIONÁRIOS: não informado
RECEITA BRUTA 2017: não divulgada

Relato da Revista Forbes: a empresa suíça é líder no mercado global de açúcar, e o Brasil é o principal responsável por abastecer seus mercados-chave. Em 2010 [por meio da controlada Glencane] adquiriu sua primeira usina brasileira, a Rio Vermelho, em Junqueirópolis (SP). Atualmente produz, em território nacional, açúcar cru, açúcar VHP (utilizado na produção de açúcar refinado), cristal, refinado e também álcool hidratado e anidro. Desde meados de 2016, a Glencore aumentou seu polo produtivo no país – aproveitando o momento ruim das empresas brasileiras, comprou algumas usinas endividadas. A Usina de Guararapes foi uma delas, adquirida por R$ 347 milhões.

5

BIOSEV 
SEDE: São Paulo (SP)
FUNDAÇÃO: 2000
CEO/PRESIDENTE: juan Jose Blanchard
ÁREA DE ATUAÇÃO: açúcar, etanol e energia
FUNCIONÁRIOS: 16 mil
RECEITA BRUTA 2017: R$ 7,6 bilhões

A Biosev, controlada pela Louis Dreyfus Group, é uma das líderes globais na produção de açúcar e etanol e iniciou sua atuação no setor no ano 2000 com a aquisição de sua primeira unidade no Brasil. A Biosev gerencia 346.000 hectares de terras, tem capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de açúcar e 1,6 milhão de metros cúbicos de etanol, além de capacidade de cogeração para venda de 1.346 Gwh de energia elétrica proveniente da biomassa. A Companhia adota altos padrões de governança corporativa e é listada no Novo Mercado da B3.
A empresa, com matriz em São Paulo, possui 10 unidades agroindustriais nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e produz açúcar, etanol e energia.

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6

RAÍZEN
SEDE: São Paulo (SP)
FUNDAÇÃO: 2010
CEO/PRESIDENTE: Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães
ÁREA DE ATUAÇÃO: energia
FUNCIONÁRIOS: 30 mil
RECEITA BRUTA 2017: R$ 79,2 bilhões

Trecho da reportagem da Forbes: O que a Raízen tem de jovem também já tem de grande. Criada em 2010 a partir de uma joint entre a brasileira Cosan e a multinacional Shell, a empresa apresenta hoje um faturamento próximo a R$ 80 bilhões (um dos resultados mais animadores entre empresas brasileiras) e emprega cerca de 30 mil pessoas.

A empresa atua nas diferentes etapas da cadeia produtiva de etanol, açúcar de cana e bionenergia. Sua infraestrutura impressiona: são 26 unidades próprias que produzem anualmente 2 bilhões de litros de etanol e 4,7 milhões de toneladas de açúcar. Além disso, tem 66 bases de abastecimento em aeroportos, 67 terminais de distribuição de combustível, 6.200 postos de serviço da marca Shell e mais de 950 lojas de conveniência Shell Select.

7

USINA SÃO MARTINHO
SEDE: Pradópolis (SP)
FUNDAÇÃO: 1937
CEO/PRESIDENTE: Fábio Venturelli
ÁREA DE ATUAÇÃO: energia
FUNCIONÁRIOS: 12 mil
RECEITA BRUTA 2016/2017: R$ 3,1 bilhões

Relato da Forbes: a história da São Martinho, um dos maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, começou nos anos 1920, em uma fazenda de cana-de-açúcar cultivada por imigrantes italianos no interior de São Paulo. Quando criou sua primeira unidade industrial, em 1937, e a empresa surgiu de fato, a então Usina Iracema era apenas uma destilaria de álcool.

Hoje a companhia tem capacidade de moagem de cerca de 24 milhões de toneladas de cana. A São Martinho tem quatro usinas em operação, três em São Paulo e uma em Goiás. Além disso, possui ainda unidade para produção de ácido ribonucleico em Iracemápolis (SP).

8

TEREOS INTERNACIONAL 
SEDE: São Paulo (SP)
FUNDAÇÃO: 2010
CEO/PRESIDENTE: Jacyr Costa Filho
ÁREA DE ATUAÇÃO: açúcar e álcool
FUNCIONÁRIOS: 20 mil
RECEITA BRUTA 2016/2017: R$ 10,2 bilhões

Forbes: Em 2016, a companhia comprou os 45,97% restantes da Guarani S.A., assumindo 100% do controle da empresa – que passou a se chamar Tereos Açúcar & Energia Brasil, mantendo a marca Guarani no varejo e produzindo etanol e energia elétrica da cogeração do bagaço de cana-de-açúcar.

Quem está à frente dessa história já há algum tempo é o atual CEO do grupo no Brasil, Jacyr Costa Filho. “Em 2006, fui convidado pelo CEO global do Grupo Tereos, Alexis Duval, a assumir a posição de diretor operacional da Tereos no Brasil. Em 2007, fui nomeado diretor-presidente”, conta Jacyr, o único executivo do grupo que não está alocado na França. “Desde 2012, sou membro do comitê executivo, com a posição de diretor da região Brasil, que engloba a Tereos Açúcar & Energia Brasil e a Tereos Amidos & Adoçantes Brasil, além de diretor-geral da Tereos Internacional”, completa o executivo, citando as outras atividades no grupo.

 

 

 

 

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