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Concorrência reduz preço do álcool no DF

Nos últimos meses, os donos de carros a álcool ou equipados com motor bicombustível foram surpreendidos por uma queda nos preços do litro cobrado na bomba. No Distrito Federal, entre março e junho, o recuo foi de cerca de R$ 0,20. Esse movimento reflete a redução ocorrida também na indústria (principalmente as localizadas no Centro-Sul), que cortaram os preços na mesma proporção.

Há postos na cidade anunciando álcool a R$ 1,53 e até a R$ 1,49. Há três meses o preço médio era de R$ 1,79 ou R$ 1,77. Para o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal, no entanto, a queda dos preços é artificial. “Essa briga travada entre alguns postos terá vida curta. Não é possível baixar tanto”, diz José Carlos Ulhôa Fonseca, presidente do (Sinpetro-DF).

O mercado brasileiro assimila este ano os reflexos da grande produção de cana-de-açúcar e da considerável valorização do produto puxada, especialmente, pela expansão do mercado dos carros bicombustíveis. Essa conjunção de fatores, segundo especialistas, tem estimulado os preços baixos. No Brasil, existem 34 mil postos de combustíveis. Em Brasília, cerca de 300. O segmento movimenta algo como R$ 160 milhões por mês.

Reivindicações

Donos de postos de combustíveis reclamam da carga tributária, do alto índice de calote e cobram da Agência Nacional do Petróleo (ANP) maior rigor na fiscalização da qualidade do produto comercializado em todo o país. Na semana passada, representantes de 22 sindicatos estaduais estiveram reunidos em Brasília para debater os principais problemas do setor. Muitos empresários estariam operando em regime pré-falimentar. As reivindicações que, de acordo com a categoria impedem novos investimentos, estão sendo compiladas e vão virar um documento oficial, que será entregue a representantes de governos estaduais, deputados federais e senadores.

O álcool revendido no Distrito Federal vem de usinas localizadas em Goiás e São Paulo. O Sinpetro não acredita que haja espaço para quedas mais bruscas nas próximas semanas. José Carlos Ulhôa Fonseca afirma estar “preocupado” com o recuo do preço de bomba. “Estamos atentos a essa pressão. O que está se praticando por aí não se configura como real, não se sustenta”, completa.

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