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ConCana 2008 – Consultor fala sobre ciclos do açúcar

O setor de açúcar tende a caminhar para um período de recuperação, mas a velocidade dessa retomada ainda depende de fatores ditados pelo mercado de álcool, além do câmbio. É nisso que acredita o consultor de planejamento e controle agrícola da Canaoeste, Cleber José Moraes, um dos palestrantes do II Congresso Internacional de Tecnologia na Cadeia Produtiva da Cana, realizado esta semana, em Uberaba, MG.

Cleber, que é engenheiro agrônomo, disse que o setor vive um ciclo marcado por crises e momentos de recuperação. “Na época do Proálcool, muitas destilarias se transformaram em usinas de açúcar, causando o derramamento da commodity no mercado mundial e conseqüentemente uma crise no setor. Essa crise, num determinado instante, enxugou a produção de açúcar, o que causou um pico de preço. Isso porque o crescimento do consumo é constante, mas a produção não”, conta.

O consultor lembra que em 1991 e 1992 ocorreu um momento de crise e o preço subiu até 1997. Nos dois anos seguintes também houve uma crise, com recuperação de preço até 2006. “Tivemos crise também em 2007 e ainda estamos passando por ela este ano. A tendência agora que os preços comecem a se recuperar. Essa retomada pode ser mais acelerada dependendo do que acontecer com o mercado de álcool e com o câmbio”, diz.

A palestra de Cleber mostra que há um ciclo de 7 anos que vem se repetindo há pelo menos 14. “Ele inicia com dois anos de acréscimos significativos nos estoques mundiais de açúcar e termina 7 anos após com o mesmo cenário ocorrendo. No meio do ciclo há um ano com acréscimo significativo nos estoques mundiais de açúcar que dá equilíbrio ao processo de recuperação de preços do setor”, conta.

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