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Combustível registra recuperação no mercado

O Sindicato das Indústrias sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool) explica que a cotação do litro do etanol reflete uma recuperação natural dos preços. “Nunca foi segredo para ninguém que com o etanol abaixo de R$ 1,60 não há remuneração para nenhum elo da cadeia, nem usina, distribuidor ou revendedor”, argumenta o diretor, Jorge dos Santos. Ele lembra que o segmento em maio e nos primeiros dias deste mês, houve grande oferta de etanol no mercado, conseqüência do início da moagem da safra. “As usinas ficaram quatro meses em recesso e era preciso fazer caixa. Outro fator que influenciou a oferta maciça do início de safra foi o fato de a maior parte das usinas entrarem em operação praticamente juntas, em função do período de chuvas que atrasou alguns trabalhos de campo das propriedades. “Os preços atuais são espelho do mercado, oferta e demanda”, frisa. Questionado sobre um valor médio para o litro saído da usina no Estado, Santos prefere não citar valores, sob a alegação de que existem várias realidades entre as indústrias, variantes essas que vão de logística, distância da Capital ao volume esmagado. Uma fonte de uma distribuidora disse que os preços nas usinas têm oscilado entre R$ 1,30 e R$ 1,35, porém, não souber fazer comparações com cotações anteriores.

Questionado se a alta do preço em plena safra seria um indicador de produção menor, Santos que há entre os usineiros uma preocupação com a produtividade da safra, visto que há mais de 44 dias não chove no Estado. Fora isso, esta mesma safra foi atingida por fortes chuvas no período de novembro do ano passado a março de 2011. De qualquer forma, está mantida a expectativa de se produzir 850 milhões de litros de etanol, sendo 550 milhões de hidratado e 300 milhões de anidro (que é mistura à gasolina). O diretor explica que esse volume é praticamente o mesmo ofertad o no ano e faz duas ressalvas: “A produção está muito acima do consumo local e se houver necessidade, o anidro pode ser transformado em hidratado”. (MP)

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