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Combustível histórico de guerras no Oriente Médio

Em seu livro Fonte de Guerra: O Panorama do Conflito Global, o professor Michael Klare da Amhrest University, afirma que as guerras no Oriente Médio tiveram como pano de fundo a disputa pelo controle do petróleo. Como exemplo, cita guerras como a do Yom Kippur (1973), Irã-Iraque (1980-1988) e a do Golfo (1991).

Aos fatos: as reservas mundiais de petróleo conhecidas hoje são suficientes para só mais 40 anos -isso se o consumo continuar no mesmo ritmo, o que é improvável; desde a primeira crise do petróleo, em 1974, o mundo procura novas fontes energéticas e desenvolve máquinas mais econômicas.

O Oriente Médio detém cerca de 75% dessas reservas mundiais conhecidas de petróleo. O restante está distribuído entre Venezuela, Rússia, EUA, Líbia, México e restante do mundo, Brasil incluso.

Apenas o Iraque tem a segunda maior reserva mundial de petróleo -atrás apenas da Arábia Saudita, com uma reserva de 261,8 bilhões de barris. As reservas comprovadas do Iraque são de 112,5 bilhões de barris, mas estima-se no mínimo mais 100 bilhões em reservas não-comprovadas.

Isso porque o país suspendeu todo o investimento na descoberta e exploração de petróleo desde 1991, com o embargo imposto pela ONU, após a invasão do Kuait.

Especialistas do setor, entre eles a Agência Norte-Americana de Petróleo, estimam em mais 200 bilhões as reservas do Iraque, o que levaria o país a se tornar a maior matriz energética do mundo neste século. Ou seja: com as reservas iraquianas, o mundo ganharia mais 40 ou 50 anos de petróleo e os EUA, quase um século de importação.

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