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Combustíveis devem seguir pressionando Transporte no IPC em abril, diz Fipe

O grupo Transporte, que saiu de uma deflação de 0,16% em fevereiro para encerrar março em alta de 0,25%, deve continuar acelerando em abril, dentro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) estima em 0,41% a alta para o encerramento do mês, em razão da perspectiva de manutenção de alta dos preços de combustíveis e do impacto residual dos reajustes em tarifas de transporte público – Integração subiu 1,37%, Metrô, 1,48%, e Trem, 1,36% em março. “O aumento de combustíveis combinado com as tarifas de transporte coletivo respondeu pela pressão em Transporte. E esse impacto (reajuste de tarifas) ainda deve aparecer até a segunda quadrissemana (de abril)”, afirmou o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima.

Entre os combustíveis, o etanol passou de deflação de 3,72% para alta de 1,87% entre fevereiro e março, enquanto gasolina, que caiu 0,59% em fevereiro, em março subiu 0,50%. “O etanol está devolvendo a queda de fevereiro e deve continuar subindo até meados de abril, quando entra a nova safra de cana”, explicou Costa Lima. “Mas as notícias são de que a safra não será tão boa. Se a Petrobras não elevar o preço da gasolina, o etanol deve continuar desvantajoso para o consumidor ao longo do ano dada essa perspectiva de safra menor”, comentou o coordenador do IPC.

De acordo com a Fipe, a relação entre o preço médio do etanol e o da gasolina fechou março em 69,53%, 1 ponto porcentual acima da marca de 68,53% de fevereiro mas bastante abaixo do nível de 78,10% visto em março de 2011. “No mês passado, a relação ainda estava favorável ao etanol, mas na apuração semanal não mais”, afirmou Costa Lima. No acompanhamento semanal, a relação estava em 70,63% na quarta semana de março, ante 70,21% na semana anterior.

Segundo especialistas, o uso do etanol deixa de valer a pena em relação à gasolina quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor ao etanol é de 70% do poder dos motores à gasolina.

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