Com temperaturas superiores a 34oC na fermentação, leveduras rugosas representam desafio para maioria das usinas

Pesquisa com 45 usinas, realizada pela MSBIO, demonstra uma realidade enfrentada pela maioria das usinas brasileiras que, devido às altas temperaturas no processo e nas dornas de fermentação, têm seu rendimento fermentativo reduzido em até 4%, além de aumento no consumo de antiespumantes e dispersantes, por conta do estressamento das leveduras presentes no processo as quais, originalmente lisas, transformam-se em rugosas.

Os números e experiências foram apresentadas na palestra “Fermentação de Alto Desempenho – Leveduras Lisas X Rugosas – Quebrando Paradigmas”, apresentada pela diretora técnica da MSBIO, Teresa Cristina Vieira Viana, no Curso de Processos e Fermentação realizado pela Sinatub Tecnologia, na última quinta-feira (22/10), em Ribeirão Preto (SP).

Com experiência de 27 anos em microbiologia em usinas das regiões nordeste e centro/sul, Teresa explicou as diferenças morfológicas entre a colônia de pseudomicélio (rugosa) e a colônia de levedura unicelular, comprovando que tratam-se de leveduras com o mesmo DNA.

Como solução, Teresa demonstrou através de cases e números de diversas usinas, a realidade da renovação das leveduras rugosas em lisas, recuperando o rendimento fermentativo e reduzindo custos com dispersantes e antiespumantes.

A empresa desenvolveu metodologia exclusiva que transforma leveduras rugosas presentes no processo da própria usina em lisas, para a partir daí iniciar o processo de seleção das leveduras mais resistentes, predominantes e produtivas, as quais são periodicamente reinjetadas no processo. Este procedimento cria a principal condição para a manutenção de um alto rendimento fermentativo durante toda a safra.