Mercado

Com tecnologia, Miriri dobra produtividade

img1662

Depois do desenvolvimento de uma pesquisa de 10 anos, a Usina Miriri, da Paraíba, consegue contabilizar os resultados impressionantes de produtividade 140% acima da média brasileira e quase o dobro da Nordestina.

Os resultados da unidade são atribuídos a irrigação plena que já alcança a marca de 144 toneladas por hectare, fruto de 10 anos de pesquisa e que já está sendo testada para escala comercial.

O método foi apresentado na semana passada durante o 16º Seminário Regional Sobre Cana-de-Açúcar do STAB, em Pernambuco.

Segundo o pesquisador Carlos Henrique de Azevedo Farias, da Usina Miriri, a nova técnica já está sendo aplicada em uma área comercial de 300 hectares, com meta de produtividade de 140 T/ha. “O volume é próximo ao atingido nas áreas experimentais e ainda maior que a média do Nordeste (52,17 T/ha) e muito acima da brasileira (60,63 T/ha)”, diz.

Farias diz que o segredo do sucesso é não colocar água em excesso, mas sim complementar à demanda que aquela cultura necessita. “Para isso, são necessários cuidados como o tamanho adequado do pivô central (equipamento de irrigação), que deve estar ajustado ao porte da planta. Além da alta produtividade, a cana cultivada sob o regime de irrigação plena não registrou carência nutricional e tem como vantagens a resistência à broca (praga comum nesta cultura)”, reforça.

A Miriri também está atenta às regiões onde não é possível aplicar a irrigação plena, como em locais que sofrem com baixa incidência de chuvas. Por isso pesquisa a fertiirrigação, em que fertilizantes especiais são inseridos para compensar a ausência de água: assim, é possível ter uma plantação saudável mesmo com fornecimentos baixos de 50% da demanda. Há ainda um “efeito colateral” vantajoso: o não florescimento, relata o especialista.

Banner Revistas Mobile