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Com novo leilão de energia, setor de biomassa vê possibilidade de retomada

O leilão para compra de energia marcado para o próximo dia 29 de agosto deixou o segmento de geração de eletricidade por bagaço de cana na expectativa pela retomada de investimentos.

A disputa vai contratar energia de novas termoelétricas aptas a produzirem a partir de janeiro de 2018.

Sem competitividade para a biomassa nos últimos leilões, o setor perdeu espaço para outras matrizes.

Com isso, as usinas de açúcar e álcool reduziram aportes. “Os projetos [de termoelétricas movidas a bagaço] que estão saindo agora ainda são frutos de decisões tomadas até 2008”, diz Zilmar José de Souza, da Unica.

O teto do pagamento para o leilão, fixado em R$ 140 por megawatt-hora (MWh), poderá estimular o surgimento de novos empreendimentos.

“Se durante a disputa não baixar muito esse valor, há grandes chances de investimentos”, avalia Leonardo Calabró, vice-presidente-executivo da Cogen (associação das indústrias do setor).

Além das próprias usinas, outro segmento que aguarda a retomada é o de empresas que fabricam equipamentos para a cogeração, como turbinas e caldeiras.

“Se o leilão tiver preço atrativo, por volta dos R$ 130 [por MWh], a gente crê na volta de pedidos”, afirma Alexandre Roberto Martinelli, da Caldema, de Sertãozinho (SP).

Neste ano, a indústria fechou um único contrato para fabricação de caldeira de cogeração, ante cinco negócios ao longo de 2012.

Para Souza, da Unica, o leilão deveria ter valor ainda acima dos R$ 140, além de diferenciar as fontes.

“Do ponto de vista ambiental, não tem como a biomassa ter no leilão o mesmo preço do carvão”, afirma.

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