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Colombianos dão preferência para destilaria indiana

A Colômbia vai adotar, a partir de setembro de 2005, o programa de mistura de álcool na gasolina, a exemplo do Brasil. Os investimentos para a construção de destilarias no país já saíram do papel, mas, ao contrário do que esperava o mercado, o Brasil não venderá sua tecnologia para construção das destilarias no país, pelo menos, nesta primeira fase do programa.

Segundo Ricardo Villaveces, presidente da Asocaña (Associação dos Cultivadores de Cana-de-Açúcar da Colômbia), há projetos para construção de cinco destilarias, anexas às usinas de açúcar do país. “Vamos trabalhar com a tecnologia da Índia, que venceu a concorrência”, disse Villaveces ao Valor, em entrevista por telefone. A Dedini, indústria de base, com referência internacional em tecnologia sucroalcooleira, ficou fora do páreo.

O programa de álcool no país prevê a mistura de 10% de álcool na gasolina, a partir de setembro de 2005, em quatro cidades da Colômbia, com mais de 500 mil habitantes. Em 2006, outras cinco cidades vão implementar o programa. A produção de álcool combustível está projetada em 400 milhões de litros. Dever crescer para 600 milhões de litros, na segunda fase do programa.

Segundo Rodrigo Campos, executivo da Dedini, a empresa ficou de fora de um projeto que prevê a construção de duas destilarias. “Estamos concorrendo em outros projetos naquele país”, disse. Campos afirmou que um grupo açucareiro colombiano preferiu fechar negócios com a Índia porque a empresa teria apresentando um projeto, com custos operacionais mais baixos.

Também com tecnologia em biodiesel, a Dedini apresenta hoje, durante a abertura do Simtec 2004 (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira), sua nova planta de biodiesel, cuja tecnologia é baseada na rota etílica (que prevê o uso de álcool como um dos fatores reagentes com o óleo vegetal). As plantas atuais trabalham com metanol, que é derivado do petróleo. (MS)

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