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Colômbia inaugura a 1º destilaria

A primeira destilaria de álcool caburante da Colômbia foi inaugurada no último dia 28 pelo presidente Álvaro Uribe, na cidade de Miranda. O “Ingenio de Cauca” começa produzindo 300 mil litros de álcool anidro por dia, para serem misturados à gasolina na proporção de 10% — no Brasil, o teor é de 25%. O novo combustível chegou nesta semana aos postos das cidades com mais de 500 mil habitantes e, na capital, Bogotá, passa a ser vendido em 2006. Popularmente, ele já é chamado de “biogasolina”.

O ingresso da Colômbia no uso da biomassa, em substituição gradativa do comsubstível fóssil, poluente derivado de petróleo, resulta do incentivo do presidente Lula. Numa viagem a Bogotá, em junho de 2003, acompanhado do empresário Maurílio Biagi Filho, produtor de açúcar e álcool na região de Ribeirão Preto, Lula expôs às autoridades colombianas os benefícios do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) para o Brasil, principalmente como segmento da economia grande gerador de empregos, não-poluidor e de desenvolvimento de tecnologia própria. O “Ingenio de Cauca” é abastecido por uma lavoura de 4 mil hectares de cana, teve investimentos de US$ 75 milhões e, nesta primeira etapa, já trabalha com 870 funcionários. A tecnologia é brasileira e indiana.

“As usinas de açúcar da Colômbia ganham com o álcool, nova fonte de riquezas e de desenvolvimento agroindustrial para o País”, destacaram os jornais locais nas reportagens de apresentação da destilaria pioneira. “Revolución!”, exclamou Juan José Lülle, dono da “Cauca”. Ele afirmou que “acontecerá uma revolução no mercado de combustíveis na Colômbia”. E acrescentou: “Este fato significa um passo substancial para preservar o meio ambiente e conter os altos preços do petróleo”. A Colômbia adere ao álcool combustível aditivo, como alternativa energética ao petróleo, exatamente 30 anos depois de o Brasil implantar o Proálcool, em 15 de novembro de 1975. E seguindo o mesmo modelo de, primeiramente, misturar o entanol à gasolina. O primeiro carro movido exclusivamente a álcool no Brasil rodou em 1979. Era um Fiat 147.

Anfavea envia dossiê para agência nacional

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) enviou dossiê à Agência Nacional de Petróleo (ANP) apontando problemas verificados nos carros novos. A entidade informa que, em dez meses, as montadoras acumularam prejuízos de R$ 1,7 milhão na substituição de peças que ainda estavam na garantia. O valor é referente a casos entre abril de 2004 e janeiro de 2005. Depois disso, as vendas de veículos com motores flexíveis triplicaram e as empresas calculam que as perdas acompanham a trajetória.

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