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Colheita de cana apresenta problemas

Produtores de cana-de-açúcar da macrorregião de Piracicaba, que compreende 33 municípios, enfrentam problemas com a colheita deste ano. Aproximadamente 85% da safra, de abril a outubro, já foi realizada. A Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo) estima queda de 5% na ATR (quantidade de açúcar retirada da cana) e de 10% na produção (tonelada colhida).

Além disso, os produtores ainda não sabem quanto receberão pela safra. É que neste ano ocorre a atualização do preço do produto, aferida pelo Consecana (Conselho de Produção de Cana, Açúcar e Álcool de São Paulo) a cada cinco anos. E os cálculos dos produtores e dos usineiros apresentam resultados distintos. Enquanto os primeiros apontam a necessidade de correção de 16% no preço da tonelada, os usineiros chegaram a apenas 6%.

Com os 6%, o preço atual da tonelada de cana, de R$ 36, subiria para R$ 38. Se considerados os 16%, o novo valor seria de R$ 41. A Coplacana alega que o reajuste de 6% não permitiria lucro aos plantadores. “A R$ 38 só daria, basicamente, para cobrir os custos”, disse José Coral, presidente da cooperativa. Como o valor ainda está indefinido, o adiantamento de 80% da safra foi pago aos produtores da região centro-sul do País com base na estimativa de 1,3% de aumento na ATR.

A informação é da Unica (União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo), que também trabalha com a perspectiva de aumento de 6% na oferta de cana, já que outras regiões do Estado não enfrentam o mesmo problema de Piracicaba. O presidente da Coplacana falou ainda que a solução encontrada para o impasse em relação ao preço da tonelada foi a contratação de uma empresa que deve chegar a um percentual final.

Os plantadores são responsáveis por 25% da produção de cana do Estado, enquanto que os usineiros detêm 75% da produção. Apesar disso, Coral acredita na possibilidade de queda na produção de álcool e açúcar.

A Unica não informou sobre a possibilidade de aventada. Em 2004, a macrorregião de Piracicaba, primeira do Estado em número de fornecedores, foi responsável pela produção de 24,5 milhões de toneladas de cana, enquanto que neste ano não deve ultrapassar 23,2 milhões.

A situação é nova, já que nos últimos anos a produção vinha aumentando em quantidade e qualidade.

O presidente da Coplacana atribui o problema à redução das chuvas no final do ano passado.

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